Israel vai aplicar quarta dose da vacina contra a Covid em idosos e profissionais da saúde
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, anunciou, neste domingo (2), que o país vai oferecer uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde. Assim, Israel se tornou o primeiro país a aplicar de forma mais abrangente o segundo reforço contra a doença, enquanto se prepara para uma onda de infecções provocadas pela variante ômicron do coronavírus.
“A onde de ômicron está aqui,” disse Bennett em entrevista à televisão israelense.
Pacientes com transplante de coração e pulmão de um hospital de Tel Aviv foram os primeiros a receber a quarta dose da vacina contra a Covid-19. Imunodeprimidos, residentes e funcionários de lares de idosos também devem receber as doses.
Um painel de especialistas do Ministério da Saúde israelense havia recomendado na semana passada que o país oferecesse uma quarta dose do imunizante da Pfizer-BioNTech para trabalhadores da área médica e pessoas com mais de 60 anos ou com sistema imunológico comprometido.
Israel foi um dos primeiros países a vacinar a população em massa, ainda em dezembro do ano passado, e um dos pioneiros na aplicação da dose de reforço, após observar que a imunidade diminui com o tempo. Por isso, é monitorado de perto por nações como os Estados Unidos.
Estudo com profissionais da saúde
Na segunda-feira (27), o hospital Sheba, em Tel Aviv, começou estudos sobre a aplicação da quarta dose. Cerca de 150 profissionais da saúde que tomaram a terceira dose em agosto e apresentam agora baixa contagem de anticorpos contra a doença também receberão o segundo reforço. De acordo com o hospital, este é o primeiro estudo do tipo no mundo.
A pesquisa, realizada em parceria com o Ministério da Saúde de Israel, tem como objetivo analisar o impacto da quarta dose na contagem de anticorpos, na prevenção da doença e monitorar a sua segurança.
‘Tsunami’ ômicron e novas restrições
Israel enfrenta atualmente um pico de infecções, impulsionada pela variante ômicron. Na quinta-feira, o país teve 4.085 novos casos, maior contagem diária de infecções desde o final de setembro.
Em resposta, o país introduziu novas restrições na quinta-feira, em uma tentativa de conter o aumento das taxas de infecção às vésperas das celebrações de ano novo.
Participantes de eventos ao ar livre com mais de 100 pessoas agora devem apresentar o passaporte sanitário. Além disso, para eventos ao ar livre com mais de 50 pessoas, se torna obrigatório o uso de máscara.
Israel tem cerca de 9,3 milhões de habitantes e contabiliza 8.243 mortes pelo coronavírus desde o início da pandemia.
G1