Caças dos EUA interceptam aviões da Rússia no mar Báltico, diz Otan
Caças dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Noruega interceptaram aeronaves da Rússia no mar Báltico, no mar de Barents e no mar do Norte, anunciou o comando aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta sexta-feira (4).
Segundo a aliança militar dos países ocidentais, caças F-15 da Força Aérea americana interceptaram caças russos perto do espaço aéreo aliado sobre o mar Báltico na quinta-feira (3) e aeronaves da Luftforsvaret e da Royal Air Force (as forças aéreas norueguesa e britânica) interceptaram aeronaves russas voando no mar do Barents e do Norte na quarta-feira (2).
O mar Báltico fica entre Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia e o mar de Barents faz parte do Oceano Ártico, ao norte da Rússia e da Noruega. Já o mar do Norte fica entre Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Noruega.
A Otan afirmou que os caças F-15 dos EUA decolaram da Base Aérea de Amari, na Estônia, para responder e investigar as aeronaves desconhecidas e identificaram quatro caças russos (dois Su-35 e dois MiG-31) “que não haviam apresentado planos de voo e não estavam se comunicando com o Controle de Tráfego Aéreo”.
“Durante a interceptação, foi confirmado que esses caças estavam escoltando uma aeronave de transporte russa Tu-154. Em nenhum momento a aeronave russa entrou no espaço aéreo aliado e todas as interações foram seguras e profissionais”, segundo a Otan.
Interceptação no mar de Barens
No mar de Barents, um alerta de reação rápida da Otan foi lançado e caças noruegueses F-35 interceptaram um grande grupo de aeronaves russas. Segundo a organização, a Força Aérea Real Norueguesa encontrou um avião de reabastecimento russo junto com bombardeiros durante uma missão de reabastecimento ar-ar.
“O grupo russo de aeronaves se dividiu, alguns retornando ao espaço aéreo russo, enquanto outros continuaram para o sul, no Atlântico Norte”, afirmou o comando aéreo da Otan.
“As aeronaves russas não estavam transmitindo um código transponder indicando sua posição e altitude, não arquivaram um plano de voo e não se comunicaram com os controladores de tráfego aéreo, representando um risco potencial para outros usuários do ar”, afirmou a entidade. “A aeronave russa não entrou no espaço aéreo aliado e todas as interações foram seguras e profissionais”.
Os F-35 noruegueses então passaram a seguir uma aeronave russa A-50 Mainstay. Depois, Typhoons da Royal Air Force (a Força Aérea britânica) interceptaram e seguiram duas aeronaves russas Tu-95 Bear H, que são bombardeiros de longo alcance, e dois Tu-142 Bear F, de patrulha marítima.
Segundo o comando aéreo aliado, o policiamento aéreo responde a aeronaves militares e civis que não seguem os regulamentos internacionais de voo e se aproximam do espaço aéreo dos países-membros para “salvaguardar o espaço aéreo da Otan e apoiar a segurança de todos”.
G1