Paraibana Maitê Maria tirou nota mil na redação do Enem 2021 e foi aprovada em medicina na UFPB — Foto: Maitê Maria/Arquivo pessoal
Após quatro tentativas por uma vaga no curso de medicina, a estudante Maitê Maria, que tirou nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mal consegue medir a felicidade que sente por ter sido aprovada em 11º lugar, para estudar na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O resultado foi divulgado nesta terça-feira (22), no site do Sistema de Seleção Unificado (Sisu).
“É uma emoção muito grande, pois foi algo que sonhei por muito tempo. É a oficialização de um grande sonho, um presente de Deus. Gratidão é o sentimento que me define no momento”, comentou.
A paraibana, de 20 anos, chegou a ser aprovada uma vez, mas para estudar em Campina Grande, no Agreste do estado. Por isso, optou por continuar tentando até passar em uma universidade na capital paraibana.
Desta vez, com a nota máxima da produção textual, a média geral dela no exame quase alcançou os 900 pontos.
Maitê tem o sonho de cursar medicina para ajudar as pessoas com o trabalho que pretende desenvolver. “Quero ser a face de Deus para quem precisa”, revelou.
“Espero também que futuramente eu possa me tornar uma médica humana e sensível às necessidades do próximo”, revelou.
Mas, enquanto as aulas não começam, a jovem pretende aproveitar as férias e comemorar a realização com as pessoas que ama. Mas, claro, sem tirar os olhos do futuro.
Por causa trajetória que viveu antes da aprovação, Maitê deixou uma mensagem para quem pensa em desistir por não conseguir uma vaga de primeira.
“Eu sei que esse é um momento difícil para muitas pessoas que não obtiveram o resultado desejado, pois já passei por isso mais de uma vez. Mas essa dor passa, e todos os ‘nãos’ que recebemos servem de aprendizado e amadurecimento. Eu aprendi muito durante essa caminhada, como estudante e, acima de tudo, como pessoa. No final das contas, tudo o que fazemos com amor vale a pena”, refletiu.
Rotina de estudos e descanso
“Nesse último ano, estudei sozinha em casa. Veio a pandemia em 2020 e acabei me adaptando muito a esse tipo de estudo. Me descobri e acabei optando por continuar em 2021”, explicou.
A rotina era organizada no decorrer do dia. Pela manhã, ela estudava entre 8h e 12h. No turno da tarde, após o intervalo para o almoço, retomara às tarefas entre 14h e 18h. Já no período da noite, entre 20h e 22h.
E, mesmo com uma jornada longa de estudos, Maitê não esqueceu de descansar. Pelo contrário, investiu em atividade física e nos momentos de lazer. Para isso, contou com o apoio dos pais e do irmão mais velho.
G1PB