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Sargento baleado por filho desabafa: “Foi tudo influência, é um menino bom”

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O sargento Benedito, baleado pelo filho de 13 anos, divulgou um áudio onde defende o garoto e o considera “uma criança boa”. O menino confessou ter assassinado a mãe, o irmão de sete anos e atirado contra o pai após ser proibido de jogar on-line e ter o seu celular retirado pelos pais.

“É uma criança boa, foi criado com muito carinho, muito amor. Ele foi um pedido que eu fiz a Deus, por isso o nome dele. Esse incidente foi uma coisa muito dura para nós, mas isso não quer dizer que ele seja um menino mau “, inicia o pai em áudio divulgado pelo Portal Patos Online.

Ele afirma que o menino foi influenciado a cometer o crime por jogos on-line, uma série e conversas com colegas, onde falavam em oprimir os pais e professores. “Tudo isso foi influência, mas ele é um menino bom, um menino obediente”, repetiu o militar.

Ele ainda afirmou que o menino tem que ficar em liberdade, apesar do crime, por ser uma criança boa. Emocionado, o pai afirmou querer voltar para cuidar do garoto. “Com todo meu amor”, disse.

O garoto permanece apreendido no Centro Especializado em Reabilitação de Sousa. Já o pai continua internado na UTI do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande com uma bala alojada na medula.

O caso

O adolescente de 13 anos confessou ter matado a mãe, o irmão de sete anos e atirado contra o pai, no sábado (19), em Patos, Sertão paraibano. Segundo a Polícia Civil, o suspeito afirmou que cometeu o crime após ser proibido de jogar virtualmente e ser cobrado para tirar boas notas na escola.

O pai do menino, identificado como sendo o sargento Benedito, tinha saído de casa para comprar um remédio para a esposa, que estava com dor de dente, mas antes pegou o celular do adolescente após ele ter tirado notas baixas.

Conforme o depoimento, foi nesse momento que o garoto foi até o escritório do pai e pegou a arma que estava guardada em um armário de ferro. Ele então foi até o quarto da mãe, que estava dormindo, encostou a arma em sua cabeça e atirou.

O irmão dele, que estava em outro quarto, correu ao encontro da mãe ao escutar o disparo e ao ver a mãe morta iniciou uma briga com o adolescente, que correu atrás dele pela casa na tentativa de atirar também contra a criança.

Foi quando o pai chegou em casa e tentou intervir, pedindo para que o adolescente não atirasse e entregasse a arma.

“Ele terminou efetuando um disparo contra o pai, que caiu na sala. O irmão mais novo ao ver o pai caído foi tentar socorrê-lo, se abraçou com o pai, foi quando ele atirou no irmão pelas costas. Depois friamente ele guardou a arma onde estava antes, chamou o Samu e tentou forjar um assalto, mas com todas as diligências que fizemos conseguimos elucidar esse caso”, explicou o delegado Renato Leite.

Além de ser proibido de jogar virtualmente e cobrado para tirar boas notas na escola, o adolescente afirmou que se sentia pressionado para fazer atividades domésticas pelos pais.

O pai do garoto foi socorrido para Hospital Regional de Patos e transferido para o Hospital de Trauma de Campina Grande. “Ele se assustou ao saber que o pai estava vivo, parecia que estaria mais satisfeito se estivessem os três mortos”, avaliou o delegado.

MaisPB

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