Dólar fecha a R$ 4,75 e recua 3,86% em maio
O dólar fechou em leve queda nesta terça-feira (31) e encerrou o mês de maio com perdas frente ao real, com os investidores monitorando os índices de inflação e possíveis altas nas taxas de juros nas principais economias.
A moeda norte-americana recuou 0,04%, vendida a R$ 4,7516. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,33%, a R$ 4,7535. Com o resultado desta terça, acumulou recuo de 3,86% em maio. No ano, tem desvalorização de 14,77% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, o foco seguiu nos temores de desaceleração global em meio à inflação persistente e perspectiva de juros mais altos nas grandes economias.
A inflação na zona do euro bateu um novo recorde em maio, com uma taxa de 8,1% em ritmo anual, pressionada pelo impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços da energia e dos alimentos.
“O bloco europeu tem sido o mais resistente em elevar os juros e retirar os estímulos, mesmo que isso signifique a maior inflação registrada desde a fundação da União Europeia, com o temor que a recessão possa ser pior do que a inflação”, observou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, em relatório.
Por aqui, o IBGE divulgou mais cedo a taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril: o indicador recuou para 10,5% – ainda na casa dos dois dígitos, e atingindo 11,3 milhões de brasileiros.
Na cena política, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu formalmente ao Ministério da Economia a inclusão da Petrobras na lista de estudos para uma possível privatização, em meio à disparada dos preços dos combustíveis e críticas à política de preços da Petrobras.
O anúncio ocorre em momento em que a Petrobras atravessa uma transição de comando, após Bolsonaro indicar na semana passada Caio Paes de Andrade para a terceira mudança no comando da empresa seu governo, diante de descontentamento do chefe do Executivo com a política de preços de combustíveis da estatal.
G1