Ipec: Lula lidera e diferença para Bolsonaro é de 12 pontos percentuais
Pesquisa Ipec realizada com entrevista em domicílios, contratada pela TV Globo e divulgada hoje, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está à frente na disputa pela Presidência da República, com 44% das intenções de voto, e mantém a diferença de 12 pontos percentuais para o principal adversário. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo, com 32%.
Por ter 44% das intenções de voto, e a soma dos outros candidatos ser 43%, Lula ainda pode ganhar no primeiro turno. Mas, como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o petista pode também estar atrás da soma dos demais, o que levaria a disputa para o segundo turno.
Em seguida, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Simone Tebet (MDB), com 3%, empatados na margem de erro que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O candidato do partido Novo, Luiz Felipe D’Avila, aparece com 1% e também empata tecnicamente com a senadora. Os demais candidatos foram citados, mas não alcançam 1% das intenções de voto.
Esta rodada não é comparável com a anterior, de 15 de agosto, porque agora foi incluído o nome do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Ainda cumprindo prisão domiciliar, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou a suspensão de repasses de recursos públicos para a campanha dele. Com isso, o político fica impedido de usar o dinheiro do fundo especial de financiamento de campanha e do fundo partidário até que o caso seja julgado.
O período do levantamento contempla as sabatinas com os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas, realizadas pelo Jornal Nacional (22 a 26 de agosto).
A pesquisa realizou 2 mil entrevistas pessoais face a face entre os dias 26 e 28 de agosto. O nível de confiança, segundo o instituto, é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-01979/2022, com custo de R$ 231.156,29.
Primeiro turno
Estimulada
- Lula (PT): 44%
- Jair Bolsonaro (PL): 32%
- Ciro Gomes (PDT): 7%
- Simone Tebet (MDB): 3%
- Luiz Felipe D’Avila (Novo): 1%
- Vera Lucia (PSTU): 0%
- José Maria Eymael (DC): 0%
- Pablo Marçal (Pros): 0%
- Leonardo Péricles (UP): 0%
- Sofia Manzano (PCB): 0%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 0%
- Roberto Jefferson (PTB): 0%
- Ninguém/nenhum/branco/nulo: 7%
- Não sabe/Não respondeu: 6%
Espontânea
A pesquisa também testou um cenário espontâneo. Neste caso, os eleitores podem apontar qualquer nome de sua preferência. Lula aparece com 40%, e Bolsonaro 31%, uma diferença de 9 pontos percentuais.
- Lula (PT): 40%
- Jair Bolsonaro (PL): 31%
- Ciro Gomes (PDT): 4%
- Simone Tebet (MDB): 2%
- José Maria Eymael (DC): 0%
- Luiz Felipe D’Avila (Novo): 0%
- Leonardo Péricles (UP): 0%
- Pablo Marçal (Pros): 0%
- Roberto Jefferson (PTB): 0%
- Sofia Manzano (PCB): 0%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 0%
- Vera Lucia (PSTU): 0%
- Ninguém/nenhum/branco/nulo: 9%
- Não sabe/Não respondeu: 14%
Segundo turno
O Ipec também testou um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, e ambos oscilaram na margem de erro. Na pesquisa anterior, o petista aparecia com 51% dos votos, enquanto o atual presidente tinha 35%. Brancos e nulos eram 9%, e indecisos, 5%.
Lula, portanto, oscilou um ponto percentual para baixo, enquanto Bolsonaro oscilou dois pontos para cima.
- Lula (PT): 50%
- Jair Bolsonaro (PL): 37%
- Branco/nulo: 9%
- Não sabe/não respondeu: 4%
Cenário de rejeição
A pesquisa ainda questionou os entrevistados sobre a rejeição aos nomes dos candidatos. Entre aqueles nos quais não votariam, Bolsonaro é o mais citado, com rejeição de 47%. O ex-presidente Lula tem 36%. Já Ciro Gomes não seria escolhido por 16% dos eleitores.
- Jair Bolsonaro (PL): 47%
- Lula (PT): 36%
- Ciro Gomes (PDT): 16%
- Roberto Jefferson (PTB): 7%
- Simone Tebet (MDB): 6%
- Pablo Marçal (Pros): 5%
- Sofia Manzano (PCB): 5%
- Soraya Thronicke (União Brasil): 4%
- Não sabe/não respondeu: 8%
- Poderia votar em todos: 3%
Sobre o instituto
O Ipec foi fundado em fevereiro de 2021 por ex-executivos do Ibope, que encerrou suas atividades em janeiro por conta do fim de um acordo de licenciamento da marca após 79 anos. O Ipec aborda entrevistados em suas casas, localizadas em áreas estabelecidas conforme distribuição do eleitorado brasileiro.