A casa redonda uma história viva em São Sebastião do Umbuzeiro
Por volta de 1850, o Coronel Tenente Laurentino Ferreira da Costa era um dos homens influentes no incipiente povoado de São Sebastião do Umbuzeiro. No tempo que todos se preocupavam com a sua sobrevivência, ele já olhava além dos horizontes e sonhava que um dos seus filhos fizesse uma carreira eclesiástica.
Apresentou numa visita á capital seu filho Gustavo ao novo bispo Dom Adaucto. Este não percebeu uma vocação sacerdotal no menino, mas se agradou do seu primo Manoel Cristóvão Ribeiro Ventura, que foi apresentado também. Manoel ingressou no seminário e se ordenou padre. Gustavo foi estudar no Recife, se apaixonou e se preparou para o casamento. Sua amada lhe deu um “ abacaxi ” de porcelana de uns quarenta centímetros de altura. Este “ abacaxi ” na verdade não era um abacaxi ,mas uma pinha, fruto do pinheiro. É um símbolo de longevidade, imortalidade, fidelidade, fertilidade e sexualidade masculina.
Gustavo ficou tão encantado com este presente que procurou um lugar de destaque para colocá-lo. Decidiu construir uma casa especial no sítio de seu pai em Cacimbas. Com a ajuda de um arquiteto desenhou um chalé redondo com um primeiro andar. Segundo o povo este foi feito para evitar que a sua esposa vivesse junto com os escravos, que Gustavo odiava. Outros dizem que foi para dar destaque ao abacaxi, colocando no ponto mais alto do teto. Antes de se casar Gustavo morreu em consequência de uma forte pancada na cabeça, morreu a cavalo. O comentário foi que morreu nos braços de uma escrava… . O abacaxi ficou muito tempo no teto do chalé. O povo da redondeza disse que em dias de sol, o abacaxi refletiu os seus raios para grande distância, lembrado um grande amor do Cariri.
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