Na Argentina, Lula diz que BNDES voltará a financiar projetos em países vizinhos
Lula se encontrou com Alberto Fernández nesta segunda (23). (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (23) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltará a financiar projetos de desenvolvimento e engenharia em países vizinhos.
Lula deu a declaração durante pronunciamento em Buenos Aires, na Argentina, ao lado do presidente argentino, Alberto Fernández. Os dois participaram de um encontro com empresários dos dois países.
“Eu vou dizer para vocês uma coisa. O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior e para ajudar que os países vizinhos possam crescer e até vender o resultado desse enriquecimento para um país como o Brasil. O Brasil não pode ficar distante. O Brasil não pode se apequenar”, disse Lula.
O petista afirmou que a ideia é que o Brasil seja um “protagonista” internacional no financiamento de grandes projetos.
Lula criticou a postura do BNDES durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Faz exatamente quatro anos em que o BDNES não empresta dinheiro para desenvolvimento porque todo dinheiro do BNDES é voltado para o Tesouro que quer receber o empréstimo que foi feito. Então, o Brasil também parou de crescer, o Brasil parou de se desenvolver e o Brasil parou de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países”, declarou o petista.
No mesmo evento, Lula destacou a importância da relação bilateral Brasil-Argentina. Maior parceiro comercial do Brasil na América Latina e terceiro, no mundo.
“A Argentina é, em toda a América Latina, o principal parceiro comercial do Brasil. A Argentina e Brasil tinham um comércio maior do que Brasil e Itália, maior do que Brasil e Inglaterra, maior do que Brasil e França, maior do que Brasil e Rússia, maior do que Brasil e Índia”, disse.
“Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil, só perde para a China e para os Estados Unidos, isso tem que ser valorizado, isso só pode ser valorizado, não por conta dos presidentes, mas por conta dos empresários, são vocês que sabem fazer negócio, são vocês que sabem negociar”, completou.
G1