Brasil está no topo da lista de países com mais golpes de ‘phishing’ por WhatsApp
Segundo levantamento da Kaspersky, país também aparece no ranking dos maiores alvos de ataques no Telegram e por e-mail (Foto: Reprodução)
O Brasil é um verdadeiro paraíso para golpistas que aplicam fraudes de “phishing” na internet. É o que mostra um novo relatório, publicado pela empresa de segurança cibernética Kaspersky.
O país está no topo de listas dos lugares com mais registros de phishing no WhatsApp. Foram mais de 76 mil ataques apenas em 2022. Além disso, o Brasil é o quarto no ranking daqueles com mais tentativas de phishing por e-mail, e o segundo dos principais alvos via Telegram.
O phishing acontece sempre que um internauta se depara com um link malicioso, normalmente com ofertas tentadoras ou informações ditas essenciais, que funciona como uma isca. Ao clicar, pode-se estar tornando vulnerável todos os dados armazenados no dispositivo (celular ou computador) ou fornecendo dados pessoais a criminosos, o que abre diversas outras possibilidades de golpes.
O relatório também mostra que, em 2022, houve um aumento na distribuição de mensagens maliciosas por meio de aplicativos, sendo a maioria delas no WhatsApp (82,71%), Telegram (14,12%) e Viber (3,17%).
O sistema antiphishing da Kaspersky detectou e bloqueou cerca de 508 milhões de tentativas de fraude ao redor do mundo, sendo 10,57% delas apenas no Brasil.
Promessa de solução de problemas é uma as iscas
A técnica de phishing mais utilizada foi a de criar páginas na internet idênticas aos sites originais, que coletam dados particulares ou incentivam a transferência de dinheiro para fraudadores.
As vítimas mais comuns são clientes de serviços de entrega, sendo quase 30% do total. Neste caso, os golpistas enviam um e-mail dizendo que há problemas na encomenda e disponibilizam um link, supostamente direcionado para uma página de resolução — onde são solicitadas informações pessoais ou dados financeiros.
Outros alvos populares de ataques de phishing incluem lojas virtuais (15,56%), sistemas de pagamento (10,39%) e bancos (10,39%).
Saiba como se proteger dos golpes:
- Só abra mensagens e clique em links se tiver certeza de que pode confiar no remetente;
- Quando um remetente for legítimo, mas o conteúdo da mensagem parecer estranho, vale a pena verificar com o remetente usando um canal de comunicação alternativo (como uma ligação);
- Verifique o endereço do site. Se ainda suspeitar que está diante de uma página falsa, use seu navegador para digitar o endereço do site manualmente. Se for o caso, a URL pode conter erros que, à primeira vista, podem ser difíceis de identificar, como 1 em vez de I ou 0 em vez de O;
- Use uma solução de segurança comprovada ao navegar pela Web.
O Globo