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Mercado projeta aumento do PIB após apresentação de marco fiscal, aponta Focus

No Boletim Focus desta segunda-feira (3), o mercado financeiro projeta crescimento da economia brasileira — ainda que de forma cautelosa — após a divulgação da proposta de nova regra fiscal pelo governo federal.

tagreuters.com2023binary_LYNXMPEJ2S0UG-FILEDIMAGE Mercado projeta aumento do PIB após apresentação de marco fiscal, aponta Focus02/09/2020REUTERS/Adriano Machado

A recepção da medida, que ainda será encaminhada para o Congresso Nacional, é refletida na projeção do produto interno bruto (PIB) para 2024, com perspectiva de variar 1,48% para cima, ante 1,4% da semana passada.

Já para 2025, a perspectiva é de elevação do PIB para 1,8% — há uma semana era de 1,71%. Para 2026, a projeção foi de 1,78% para 1,8%. Há quatro semanas, a previsão era de crescimento de 2%.

Para este ano, nada deverá mudar, segundo os mais de cem economistas de mercado consultados semanalmente pelo Banco Central. Por duas semanas consecutivas, a projeção do PIB ficou em 0,9% para 2023.

No caso da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão é de 5,96%. Nos sete dias anteriores, a expectativa era de 5,93%. Para 2024, os economistas mantiveram a previsão em 4,13%.

O Índice Geral Preços do Mercado (IGP-M), que baliza o reajuste dos aluguéis, teve retração em relação à semana anterior. Os economistas consultados projetaram taxa de 3,7% em 2023, redução de 3 pontos percentuais ante uma semana atrás. Para os três anos subsequentes, foram mantidas as projeções de aumento de 4,2% em 2024, 4% em 2025 e igual reajuste em 2026.

Já em relação à taxa e juros da economia brasileira, a mediana das projeções para a Selic manteve-se em 12,75% para o fim de 2023, assim como nas semanas anteriores. O mesmo acontece com a previsão para 2024, que ficou em 10%, e 2025, fixada em 9%.

Somente para 2026, é que o boletim projeta uma diminuição para 8,75%; há uma semana, a previsão era de fixação da taxa em 9%.

O mercado também atualizou as previsões para a dívida líquida do setor público. Segundo a pesquisa, o endividamento deve encerrar o ano em 61,15% do PIB, enquanto na semana passada, a previsão era de 61% em relação ao PIB.

Em relação ao dólar, foi mantida a projeção da moeda fechar 2023 em R$ 5,25. Já para 2024 e 2025, segue a mediana das projeções para manutenção do valor em R$ 5,30.

Em reunião ministerial nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não concorda com avaliações de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer menos de 1%. Lula disse ainda que na próxima segunda fará o balanço de 100 dias do governo, afirmando que irá anunciar os próximos passos de sua gestão.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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