Lula é aconselhado a escolher mulher para Ministério da Justiça se Flávio Dino for ao STF
Presidente Lula (Foto: Reprodução)
Com o favoritismo de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado por um grupo de aliados a nomear uma mulher para o Ministério da Justiça.
A alternativa seria uma tentativa de arrefecer críticas no campo de esquerda sobre a escolha de um homem para vaga da ministra Rosa Weber, que completa 75 anos em 02 de outubro, idade para a aposentadoria compulsória.
Em conversas reservadas, relatadas à CNN, Lula sinalizou preferência por Dino, atual ministro da Justiça, para a vaga de Weber e avaliou como uma boa ideia a indicação de uma mulher para Justiça.
Com o aceno feito pelo presidente, partidos como PT e PSB iniciaram busca por nomes de juristas mulheres que poderiam se encaixar no perfil avaliado por Lula.
Em conversas reservadas, são citadas, por exemplo, como o da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a advogada Carol Proner e a desembargadora Simone Schreiber.
Caso Lula opte por um homem, o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, é o favorito. Damous foi deputado federal pelo PT e é considerado um dos consultores jurídicos do presidente.
A expectativa é de que Lula discuta sua indicação ao STF, em viagem aos Estados Unidos, com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pacheco é o responsável por marcar a votação do escolhido pelo presidente no plenário da Casa Legislativa.
Segundo relatos feitos à CNN, Lula chegou a avaliar o nome de Pacheco para o STF. Mas considerou que uma eleição neste momento ao comando do Senado Federal seria arriscada para a governabilidade.
Com uma eventual saída de Dino, também voltou a discussão de uma divisão da pasta em Justiça e Segurança Pública, o que poderia atender tanto ao PT como ao PSB.
Nesse caso, dois nomes cotados para um eventual Ministério da Segurança Pública são o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli.
CNN Brasil