Caso Ana Sophia: um mês depois de ter prisão decretada, suspeito segue foragido
Um mês depois da Vara Única de Bananeiras ter decretado a prisão de Tiago Fontes, principal suspeito pelo sumiço da garota Ana Sophia, de oito anos, segue foragido da Justiça. O mandado de prisão temporária foi expedido no dia 20 de setembro.
À época, foi a Polícia Civil da Paraíba que pediu a prisão temporária de Tiago Fontes pelo suposto envolvimento no caso. Agora considerado foragido, Fontes chegou a ter casa e o carro periciados durante as investigações. Em seguida, foi dado como desparecido.
Em agosto, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) chegou a dar um parecer pela quebra do sigilo da interceptação de dados telemáticos de Tiago Fontes.
“No caso em apreço, a narração do Delegado indica a necessidade de elucidar se houve sequestro ou até mesmo homicídio, e há evidente dificuldade na obtenção de outros meios de prova, tornando nítido o preenchimento dos requisitos legais para o deferimento das medidas”, avaliou o promotor Ítalo Márcio.
O que diz a Polícia Civil sobre o caso
Em coletiva de imprensa realizada no final de setembro, o delegado Pablo Everton afirmou que a menina Ana Sophia, de oito anos, desaparecida desde julho entrou na casa do suspeito Tiago Fontes, marido de uma professora, e não mais saiu. O delegado Aldrovilli Grisi afirmou que a polícia deduz que a menina foi assassinada e teve seu corpo ocultado pelo suspeito.
“A cada dia que se passa mais se fortalece a tese de que a criança está morta e seu corpo ocultado. Isso é uma dedução lógica que inclusive os senhores (jornalistas) podem fazer com os seus discernimentos, até raciocinando que: qual a motivação desse corpo ainda não ter sido encontrado? Nós estamos falando de um único suspeito. Quando uma única pessoa consegue cometer um crime e ocultar um corpo, esse corpo fica em local incerto e não sabido”, disse o delegado Aldrovilli Grisi, lembrando o caso Fernando Hellen, quando somente 91 depois do crime, após o suposto ser preso é que o corpo foi encontrado.
A convicção da Polícia Civil de que a criança entrou na casa do suspeito e não saiu é sustentada por prova testemunhal e técnica. “Não temos dúvidas de que Ana Sophia entrou na residência do acusado e não saiu”, disse o delegado durante entrevista coletiva.
Ele ressaltou que há indícios gravíssimos de materialidade do crime e que existem fortes indícios contra Tiago Fontes.
MaisPB