EUA veta a entrada do ex-presidente da Guatemala no país, Giammattei é investigado por ‘corrupção’
Alejandro Giammattei — Foto: Reuters/Luis Echeverria
Os Estados Unidos vetaram a entrada no país do ex-presidente da Guatemala Alejandro Giammattei, por “corrupção”, dois dias após a posse tumultuada do seu sucessor, Bernardo Arévalo.
Arévalo e seu partido, Semilla (Semente), tornaram-se alvos de um processo judicial liderada pela procuradora-geral, Consuelo Porras, quando ele avançou para o segundo turno, em junho do ano passado.
Giammattei esteve na semana passada em Washington, onde discursou na Organização dos Estados Americanos (OEA). Mas não poderá mais retornar ao país.
O governo Joe Biden não o considera “elegível para entrar nos Estados Unidos, devido à sua participação em corrupção significativa”, informou nesta quarta-feira (17) o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Os Estados Unidos dispõem de “informação confiável que indica que Giammattei aceitou propina em troca do desempenho de suas funções públicas”, afirmou Miller. Washington “deixou claro que apoia os guatemaltecos que querem que os atores corruptos prestem contas”, acrescentou.
Em setembro de 2021, a promotoria anticorrupção, liderada por Francisco Sandoval revelou que investigava um suposto suborno de empresários envolvendo o então presidente Giammattei para operar um porto no Caribe.
Durante a investigação, Consuelo Porras demitiu Sandoval, que se exilou nos Estados Unidos. Assim como ele, dezenas de outros promotores, juízes e jornalistas foram obrigados a fugir da Guatemala.
O Departamento de Estado também impedirá a entrada em seu território dos três filhos do ex-presidente: Ana Marcela Dinorah, Alejandro Eduardo e Stefano.
- ❌ Nos últimos três anos, o governo de Joe Biden vetou a entrada ou impôs sanções a quase 400 pessoas do país, incluídos funcionários e representantes do setor privado, os quais acusa de “participar de atividades corruptas e atrapalhar a democracia e o Estado de Direito na Guatemala”.
Giammattei manteve uma relação tensa com Washington, sobretudo nos últimos tempos, quando o governo Biden apoiou o novo presidente progressista.
G1