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Voa Brasil não vai acontecer por inadimplência do governo, dizem executivos de aéreas

aviao Voa Brasil não vai acontecer por inadimplência do governo, dizem executivos de aéreas

Programa Voa Brasil, que iria oferecer passagens a R$ 200, é suspenso pelo Governo Federal.

O programa Voa Brasil, que iria oferecer passagens aéreas com um valor máximo de R$ 200, não vai acontecer. A informação foi publicada na Revista Oeste, como verificou o ClickPB. Segundo a assessoria do Ministério de Portos e Aeroportos, a mudança ocorre devido a problemas de agenda de Lula

As passagens aéreas baratas seriam oferecidas para algumas categorias de pessoas que não tinham viajado nos últimos meses. Conforme publicou a Revista Oeste, os executivos de companhias aéreas teriam afirmado que o programa seria economicamente inviável sem que o governo reduzisse o preço do querosene de aviação (QAV), melhorasse o acesso ao crédito para as empresas e resolvesse de vez o excesso de processos judiciais que as companhias enfrentam. A previsão de lançamento do programa seria no dia 5 de fevereiro.

Nos bastidores, conforme citou O Antagonista, o Governo Federal e o setor de aviação procuram alterações nas condições de preço do querosene de aviação (QAV) a fim de baratear os custos das operações com o intuito de refletir nas passagens aéreas.

Reunião para discutir preços

O governo previa para a quinta-feira, 1º, uma reunião com a Petrobras e as companhias aéreas para tratar de possíveis mudanças nas condições do preço do querosene de aviação, mas o encontro, como informou o Antagonista, foi cancelado.

Nos bastidores, é discutida uma ajuda que beira 5,5 bilhões de reais para as companhias aéreas. O Ministério da Fazenda estuda usar o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), abastecido por outorgas pagas pelos aeroportos privatizados, como garantia de empréstimos a serem concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A informação foi confirmada por técnicos da pasta a O Antagonista até esta quinta-feira (1). Para isso, o Palácio do Planalto terá que editar uma medida provisória (MP) para permitir legalmente que o fundo seja usado.

Alta nos preços

Em 2023, os preços da passagem aérea registraram aumento de 48,11% no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a inflação. É a maior alta dos bilhetes para um ano fechado desde 2011 –ou seja, em 12 anos.

O presidente Lula tem cobrado desde o início do terceiro mandato medidas para baratear o preço das passagens. Em dezembro passado, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, junto das maiores companhias aéreas do país, as primeiras medidas para redução dos preços, focado em maior volume de promoções.

 

ClickPB

 

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