Falta de Água em Monteiro e em cidades do Cariri Persiste, Apesar de Promessas da CAGEPA
Enquanto a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) propaga em suas redes sociais a execução de uma “mega operação” para restabelecer o Sistema Adutor do Congo, a realidade dos moradores de Monteiro e das outras 12 cidades afetadas mostra um quadro bem diferente. Um mês após o anúncio da empresa, as torneiras da região continuam a exibir um constante e preocupante vazio.
“Nada mudou”, reclama uma moradora de um dos bairros atingidos, ecoando o sentimento de uma população que esperava ver um fim na crise hídrica que afeta o dia a dia de dezenas de milhares. A promessa de fornecimento de água aprimorado, que ainda permanece em uma nota no perfil oficial da empresa, parece distante da realidade vivida.
A região do Cariri, embora beneficiada pela proximidade com o Rio São Francisco, enfrenta paradoxalmente uma severa escassez de água. Visitas governamentais ocorrem, mas segundo relatos, não resultam em ações concretas para resolução do problema. O cortejo político passa, enquanto a sequidão permanece.
Entre desculpas técnicas e justificativas operacionais, a CAGEPA não apresentou soluções efetivas que mudem o cenário. A população questiona a falta de infraestrutura e as promessas não cumpridas, enfrentando a ironia de um contexto onde a água é escassa, porém a fatura mensal da companhia é uma constante certeira.
A saga da água em Monteiro e no Cariri não é apenas um relato de torneiras vazias, mas uma história de desapontamentos recorrentes. O que emerge do Cariri Paraibano é um clamor por ações urgentes e transparentes. As demandas são claras: água corrente e medidas duradoras que assegurem que a promessa da CAGEPA de melhoria no fornecimento de água não seja apenas uma miragem.
As repercussões desse desserviço vão além do desconforto doméstico; impactam também a economia local, a saúde pública e a qualidade de vida dos habitantes dessa região. Moradores esperam que a mega operação anunciada se transforme em resultados visíveis e não apenas permaneça como uma declaração na esfera virtual.
A garantia de acesso à água, um direito humano básico, tornou-se uma luta cotidiana no Cariri Paraibano, expondo a vulnerabilidade de uma comunidade dependente de um serviço que ainda não atende às suas necessidades básicas.
A CAGEPA ainda não se pronunciou sobre os motivos específicos pelos quais as melhorias anunciadas não surtiram o efeito esperado e qual o novo prazo para sua concretização, deixando os moradores do Cariri em suspensão, entre a expectativa e a realidade hídrica.
OPIPOCO