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Israel aprova acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza

 

WhatsApp-Image-2025-01-18-at-06.45.57-1-533x400 Israel aprova acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza

 

O gabinete do governo de Israel aprovou nesta sexta-feira (17) um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns com o Hamas, de acordo com uma declaração do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

O governo aprovou a proposta para o retorno dos reféns. A proposta para a libertação dos reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025. Shabat Shalom.

Declaração do Gabinete do Primeiro-Ministro Israelense

A aprovação foi feita após votação dos 33 integrantes do gabinete geral do país, que decidiu por maioria simples. A reunião durou mais de seis horas e terminou nas primeiras horas deste sábado (18), no horário local.

Mais cedo, os 11 integrantes do gabinete de segurança israelense se reuniram e recomendaram a aprovação completa da resolução.

A Suprema Corte de Israel ainda vai ouvir apelações de quaisquer israelenses que se oponham à liberdade de prisioneiros palestinos programados para serem soltos. Mas não se espera que esse processo impeça o acordo de entrar em vigor.

A resolução prevê um cessar-fogo de seis semanas que deve entrar em vigor no domingo (19). A primeira de uma série de trocas de reféns de Israel por prisioneiros palestinos devem acontecer no mesmo dia e podem abrir caminho para o fim da guerra de 15 meses em Gaza

Espera-se que três reféns mantidos em Gaza sejam libertados no primeiro dia. O acordo também representará o primeiro alívio da guerra para os palestinos em Gaza em mais de um ano e permitirá a entrada de ajuda humanitária no enclave

O que o acordo prevê?

O acordo de cessar-fogo marcaria a primeira trégua na guerra para os moradores de Gaza em mais de um ano, e apenas a segunda desde o início dos bombardeios israelenses.

Ele será desenvolvido em três fases diferentes. A primeira fase do acordo começaria neste domingo (19) e duraria seis semanas. A fase incluiria o fim das hostilidades, a retirada das forças israelenses, a troca de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Como parte dessa primeira fase, o Hamas e seus grupos aliados libertarão 33 reféns, incluindo soldados civis e mulheres, crianças, idosos e doentes, em troca de um número não revelado de prisioneiros palestinos. Três reféns civis israelenses devem ser soltas no domingo, de acordo com duas autoridades americanas.

Israel está se preparando para libertar 95 prisioneiros palestinos no primeiro dia do acordo, disse o Ministério da Justiça israelense em um comunicado nesta sexta-feira. Serão 70 mulheres e 25 homens, de acordo com a declaração. O número inclui 10 menores de idade cujas idades variam entre 16 e 18 anos.

Espera-se que o acordo permita que civis palestinos retornem para suas casas em Gaza, incluindo o norte devastado. De acordo com o primeiro-ministro do Catar, haverá um grande fluxo de ajuda humanitária para a área, onde os moradores enfrentam condições humanitárias terríveis.

Os feridos de Gaza também poderão deixar o enclave para tratamento, enquanto a ajuda será permitida no enclave, com hospitais e padarias sendo reconstruídos, o premiê afirmou.

A segunda e a terceira fases são menos desenvolvidas, e os detalhes serão decididos durante a primeira, disse o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em uma entrevista coletiva na quarta-feira (15)

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

 

CNN BRASIL

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