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Queiroga atribui queda nas taxas de vacinação no Brasil a ‘fenômeno mundial’

whatsapp_image_2022-07-27_at_174852-599x400 Queiroga atribui queda nas taxas de vacinação no Brasil a ‘fenômeno mundial’

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu nesta quarta-feira a queda nas coberturas de vacinação no Brasil como uma questão mundial. O país tem registrado redução ano a ano na taxa de pessoas que são imunizadas contra uma série de doenças. As baixas nos índices colocam o país em risco para o ressurgimento da poliomielite e para o avanço de surtos de sarampo.

Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) mostram que a média da taxa de cobertura de vacinas no Brasil está em 40,72%, segundo dados parciais de 2022. O valor vem em queda vertiginosa desde 2018, quando atingiu 77,18%. Em 2021, atingiu 59,84%. Para a pasta, a meta de cobertura fica entre 90% e 95%.

— ‘Ah, o Brasil é um dos piores em vacinação no mundo, porque o Brasil está com as coberturas vacinais muito baixas’. É um fenômeno mundial. Só em relação à Covid, nós distribuímos mais de 535 milhões de doses — afirmou Queiroga.

As declarações foram dadas nesta quarta-feira durante lançamento de campanha de conscientização e boletim epidemiológico sobre as hepatites virais A, B, C, D e E, na sede da pasta. No evento, o ministro rebateu críticas sobre o trabalho do ministério no enfrentamento à Covid-19 e à varíola dos macacos (monkeypox).

Os números da poliomielite, que registrou o primeiro caso nos Estados Unidos em 10 anos na última semana, chamam atenção: só 45,38% do público-alvo se vacinou em 2022, mostra o SI-PNI, gerido pelo Ministério da Saúde. A última vez que a imunização contra a doença que causa paralisia infantil, erradicada no Brasil, rompeu a barreira dos 95% foi em 2015, ampliando o risco de retorno.

Já a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, alcançou apenas 31,02% do público-alvo com duas doses. Segundo o último boletim epidemiológico da pasta, o país já confirmou 41 casos de sarampo em 2022, dos quais três quartos se concentram no Amapá.

O Globo

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