A vice-presidente Cristina Kirchner, sofreu um atentado na porta de sua casa em Buenos Aires, por volta das 21h desta quinta-feira (1).
De acordo com a Polícia Federal Argentina, um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido. Ele é apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo.
Vídeos das pessoas que estavam próximo à aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falha.
Segundo o presidente da Argentina Alberto Fernández, a pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou apesar de ter sido acionada.
Centenas de pessoas se reuniram próximo da casa de Cristina para demonstrar apoio. A vice-presidente está em meio a um julgamento por corrupção.
Fernández declarou feriado nacional em solidariedade à Kirchner. Ainda disse que o ataque “merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos. De todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”
O ministro da Economia do país, Sergio Massa, em seu perfil no Twitter chamou o incidente de “tentativa de assassinato”.
“Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, disse o ministro em um tuíte.
Suspeito
Fernando André Sabag Montiel é brasileiro. Seu pai é chileno e a mãe argentina, de acordo com a polícia local.
O diretor da Agência Federal de Inteligência, em entrevista à Televisión Pública, afirmou que as forças policiais tentam solucionar o caso o mais rápido possível.
“Estamos colaborando para esclarecer o mais rapidamente isso e ver a totalidade do acontecimento, em que tentaram assassinar a vice-presidenta Cristina Kirchner. É um desastre, estamos tentando dar conta de entender o significado deste ato que tem tanta transcendência, que vai impactar em todo o cenário político argentino”, afirmou.
(*Publicado por Carolina Farias, com informações de Danilo Moliterno e da Reuters)