A luta antimanicomial, bandeira levantada durante o mês de maio pela Secretaria de Saúde de Monteiro, teve caminhadas pelas ruas da cidade com usuários do CAPS I e AD III, que portaram cartazes e quadros expressando a filosofia da luta, que é de um tratamento mais humanizado para os portadores de doenças mentais
De acordo com Kalyne Torres, diretora do CAPS I, Monteiro é uma cidade privilegiada por contar com estas duas instituições, inclusive o CAPS AD III que funciona 24 horas e recebe usuários de álcool e outras drogas.
“Muitas melhorias estão sendo providenciadas na estrutura destes equipamentos importantíssimos de saúde através do empenho da prefeita Anna Lorena, e os serviços oferecidos estão ficando cada vez mais abrangentes, proporcionando o ingrediente principal da luta antimanicomial, que é a socialização e inclusão social destas pessoas que sofrem destes distúrbios”, disse Kalyne.
Além da caminhada durante o mês de maio, houve também a exposição e venda de trabalhos artesanais e manuais realizados pelos usuários durante as oficinas que são realizadas.
Em breve a sede do CAPS I estará ainda recebendo uma biblioteca através da doação de livros e revistas e estará sendo oferecida também a parte de alfabetização para os usuários que tenham interesse ainda em aprender a ler e escrever.
Já no CAPS AD III, a diretora Marileide Maracajá lembrou que a instituição funciona 24 horas em regime de plantão, próximo ao colégio estadual José leite de Souza, e está de portas abertas para servir a todas as famílias que desejem tentar recuperar seus parentes que sofrem com o abuso no uso de drogas e álcool de forma humanizada e sigilosa.
DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL
O dia 18 de maio marca, no Brasil, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Esta data, instaurada em 1987 na cidade de Bauru, durante o Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental, deu visibilidade ao Movimento da Luta Antimanicomial, adotando o lema “Por uma sociedade sem manicômios” e inaugurando uma nova trajetória da proposta de Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Seus objetivos são, desde então, propor não só mudanças no cenário da Atenção à Saúde Mental, mas, principalmente, questionar as relações de estigma e exclusão que social e culturalmente se estabeleceram para as pessoas que vivem e convivem com os “transtornos mentais”.