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Motivos para usar a hello? Orkut diz que ‘vivemos uma cultura de narcisismo’

helo-ex-orkut-300x200 Motivos para usar a hello? Orkut diz que 'vivemos uma cultura de narcisismo'As redes sociais estão nos tornando narcisistas e frios? Pelo menos é o que acha Orkut Buyukkokten, agora dono da hello. Em um post na plataforma Medium, o homem por trás da rede social Orkut, sucesso no Brasil até ser descontinuada pelo Google em 2014, defende os motivos pelos quais precisamos de uma nova rede social. Para ele, em vez de nos unir, as redes estão nos deixando depressivos e com medo de estar online. Uma pesquisa recente, inclusive, apontou o Instagram como a pior rede social para saúde mental de jovens.

Em um ataque velado às plataformas de Mark Zuckerberg (Facebook, WhatsApp e Instagram), Orkut defende os motivos pelo qual a hello pode suprir um “gap emocional deixado pelo Facebook. Segundo ele, a sua nova empreitada é construída com amor e não curtidas.

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Hello está disponível para iOS e Android (Foto: (Foto: Ana Kellen Bull/TechTudo))

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Para Orkut, as redes sociais estão nos deixando infelizes por conta da forma como trabalham os algoritmos. Com o bombardeio de highlights dos amigos, podemos não nos sentir capazes de satisfazer o que criamos como o esperado. “Navegamos pelos destaques dos nossos amigos e nos preocupamos com o que não nos encaixamos; podemos ter medo de não sermos suficientemente bons porque não podemos satisfazer as expectativas irrealistas da sociedade”, destaca em seu post.

Cultura do narcisismo

O desenvolvedor fala também sobre a cultura do narcisismo, citando estar preocupado com uma uma geração que acompanha as irmãs Kardashians. Para o dono da hello, as pessoas deveriam refletir sobre um propósito e não sobre ser ou não famosas online como as celebridades.

“A aparência externa tornou-se mais importante do que a forma como tratamos os outros. Esquecemos que o que realmente importa está por dentro? Parece que não estamos seguindo nossos corações. Estou preocupado com uma geração que tenta acompanhar as Kardashians”, escreveu.

Estou preocupado com uma geração que tenta acompanhar as Kardashians

Os questionamentos levantados por Orkut chegam em um momento onde vemos o Facebook se tornar um campo hostil. Além da forma de listagem que privilegia as publicações ou páginas com mais interações, a maior rede do mundo está cada vez mais polarizada em opiniões.

De volta às raízes das comunidades online

Desde quando foi lançada em 2016, a hello tem se posicionado como um lugar par amizades profundas’. A plataforma tenta, à sua maneira, trazer pouco o conceito das comunidades criadas na Orkut.com. Um exemplo claro disso são as Personas, uma espécie de área de interesse que todo usuário deve preencher e que influencia diretamente no conteúdo visto no Folio, como é chamado o feed. Se você marcou fotografia e música, receberá com mais frequência posts destes assuntos.

As sugestões de amizade, por sua vez, são baseadas na sua personalidade. A hello tenta entender mais sobre cada usuário e a partir das informações levantadas aproximar pessoas que tenham interesse em comum.

Para o dono da hello, as redes sociais deveriam ser mais como uma vida normal, onde a interação é feita com pessoas mais próximas (trabalho, escola, família), mas com a oportunidade de fazer novas amizades fora do ciclo social.

Por outro lado, o Facebook também trabalha para um melhor uso de microcomunidades. Em fevereiro deste ano, o próprio Mark Zuckerberg comentou sobre o assunto. Em um manifesto, o dono do Facebook assumiu estar ciente e se comprometeu a lançar mais recursos para ajudar as pessoas a se conectarem a grupos que possam ser de interesse.

A guerra pela rede social mais relevante ainda está longe de acabar. Quem poderia imaginar que a Orkut.com chegaria ao fim? O diferencial do Facebook, hegemônico por enquanto, está na sua capacidade de adaptação. Resta saber quando outra rede ─ a hello ─ conseguirá desbancar o império de Zuckerberg.

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