Menina de 11 anos dá à luz em João Pessoa e padrasto é suspeito de abuso
Uma criança de apenas 11 anos deu à luz ao seu primeiro filho, nesse domingo (10), em uma maternidade da cidade de João Pessoa. A gravidez só foi descoberta no quinto mês de gestação após a criança sentir-se mal e ser atendida em um posto de saúde. De acordo com a delegada Joana D’Arc, o padrasto da garota é apontado pela própria criança como principal suspeito pelo estupro. Ele se encontra foragido.
A delegada revelou que a criança vinha sendo abusada sexualmente havia sete meses, e os abusos teriam começado quando a garota ainda tinha 10 anos de idade.
Os abusos aconteciam em um sítio localizado na Zona Sul da Capital, onde o suspeito levava a vítima com frequência sob o pretexto de colher cocos. Segundo a delegada, a criança tinha autorização da mãe para ir com o padrasto ao local.
Questionada sobre uma possível conivência da mãe da garota no caso, Joana D’Arc disse que essa possibilidade está descartada. “O que percebemos foi a falta de cuidado, pois a mãe permitia que a filha ficasse com um homem que ela conhecia há pouco tempo”, disse.
Por causa da idade precoce, a criança apresentou alguns problemas de saúde durante a gravidez e precisou ser sedada. Após o parto, ela teve que ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade. Apesar do quadro, a criança se recupera bem e deve ter alta médica nesta terça-feira (12).
A delegada disse que o bebê ficará com a mãe e só será encaminhado para a adoção caso ninguém da família deseje criar a criança.
Joana D’Arc também disse que o suspeito responderá por estupro de vulnerável e poderá pegar uma pena que varia de oito a 15 anos. Recentemente, a mãe da garota também deu à luz a uma criança, fruto do relacionamento com o suspeito pelo estupro.
Casos recorrentes
A delegada disse que casos como esse são recorrentes e normalmente acontecem no ambiente doméstico, com pessoas da própria família ou da confiança dos pais das crianças.
Segundo ela, quem souber de relatos de abuso pode denunciar o caso ao Conselho Tutelar ou à Vara da Infância, que terá sua identidade mantida em sigilo.
Ouça a explicação completa da delegada, levada ao ar no Correio Debate da Rede Correio Sat.