Maranhão: “O PMDB não entrará na eleição sem sorrir ou chorar”

O presidente estadual do PMDB, senador José Maranhão, afirmou,  na noite desta segunda-feira (9), que o partido buscará o protagonismo nas eleições 2018. Em entrevista ao jornalista Heron Cid, no programa Frente a Frente, da TV Arapuan, o peemedebista reafirmou a candidatura própria e disse que os paraibanos precisam ter uma chance de fazer uma escolha “madura e equilibrada”.

“O PMDB não pode deixar de estar no processo sem sorrir e sem chorar”, pontuou Maranhão.

Para José Maranhão, até o plano B do PMDB para o próximo ano será a escolha de outro nome da agremiação para pleito, caso o escolhido não seja o seu.

Acordos com Luciano Cartaxo

O senador alegou que, apesar do PMDB ser beneficiado com uma candidatura do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), não há acertos para um segundo apoio ao gestor no sentido da legenda poder assumir o Governo da Capital.

“Você não faz duas campanhas de uma vez só. Se fosse assim não haveria rodízio e rotatividade no poder. O que era essencial para Luciano era se reeleger prefeito de João pessoa. Não pode ser articuladas duas conquistas de uma vez só. Eu não consultei o partido e nem ninguém para fazer esse tipo de transação. Ele tem o direito de se candidatar mas não pode impor ao PMDB votar nele de novo”, argumentou.

Reaproximação de Cássio

Ele também falou da reaproximação com o senador e ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e disse que a convivência no Senado contribuiu para esse processo.

O dirigente partidário chegou a reconhecer que a “cisma” do passado que aconteceu no PMDB e que rachou o grupo político na época não foi boa para a Paraíba.

Entretanto, segundo José Maranhão, a política nacional e as urgências na Paraíba causadas pela seca deixaram no passado as divergências locais.

“Hoje não existe um fosso. Chequei uma idade de dizer o que penso”, resumiu.

Candidatura de João Azevedo

Questionado sobre a candidatura do socialista João Azevêdo, Maranhão disse que não se deve subestimar o nome de secretário estadual porque ele tem demonstrado “competência” a frente da gestão.

“Eu não subestimo ninguém porque ele se fez conhecer como um bom administrador e técnico. Só não conheço seu desempenho político”, afirmou.

Oposição ao governo

José Maranhão revelou motivos de deixar a aliança com o governador Ricardo Coutinho e disse que o partido não tinha participação na gestão à altura da importância da sigla.

“O PMDB deu contribuição decisiva na reeleição do governador, mas não houve contribuição ao papel  do partido. Não fazia mais sentido participar do governo sem ter o papel  de decisão pelo tamanho da legenda”, alegou.

Passagens pelo governo

O senador destacou como grandes feitos de suas gestões na Paraíba os projetos voltados para o abastecimento de água humano.  Ele citou construção de açudes, barragens, adutoras e afirmou:

“Se não fossem as ações do meu governo, a Paraíba inteira estaria vivendo sobre a situação de carros pipas”.

Porto de águas profundas

O senador defendeu um porto de águas profundas na Paraíba. De acordo com o peemedebista, Suape,  em Pernambuco, já está superado e a Paraíba é o Estado que apresenta melhores condições para novo porto no Nordeste.

“O Nordeste precisa de um novo porto e  o lugar que tem as melhores condições geograficamente  e economicamente é o Estado da Paraíba, frisou.

Roberto Targino – MaisB