Putin diz que ainda deseja ajustar laços com EUA, apesar da “lista do Kremlin”
A Rússia ainda deseja estreitar seus laços com os Estados Unidos, apesar da recém-lançada “lista do Kremlin” de Washington, que poderia levar a uma perspectiva de novas sanções, disse ontem (30) o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A informação é da agência de notícias chinesa Xinhua.
A declaração foi a propósito da divulgação, pelo Departamento do Tesouro dos EUA, na segunda-feira (29) de uma lista de 114 figuras políticas russas e 96 líderes empresariais vistos como possíveis alvos para novas sanções dos EUA, embora o documento especifique que não deve ser interpretado como tal. De acordo com o Tesouro americano, cada figura no “relatório do Kremlin” tem um valor líquido estimado de 1 bilhão de dólares americanos.
Segundo Putin, essa lista “é definitivamente um ato hostil e complica as relações entre Rússia e EUA, que estão em uma situação difícil, mesmo sem isso, e também causa danos às relações internacionais em geral”, disse ele, em uma reunião com os administradores de sua campanha presidencial.
Ao ressaltar que a Rússia não pode “render posições sem parar”, o presidente russo disse que Moscou não está interessada em cortar os laços com Washington. “Em vez disso, queremos desenvolver relações estáveis com Washington com base no direito internacional, pois as duas principais potências nucleares são esperadas por seus povos para construir seus laços de maneira moderna em relação uns aos outros”.
“Nós não vamos ter uma briga e agravar a situação. Queremos e vamos construir relações com paciência, na medida em que o outro lado esteja pronto, o lado americano neste caso”, disse Putin.
Ele ressaltou que Moscou já esperava a publicação da lista e estava pronta para tomar medidas em resposta, o que “poderia conduzir nossas relações a um zero absoluto”.
No entanto, a Rússia se absteria de tais medidas por enquanto e acompanharia atentamente o desenvolvimento da situação, disse Putin.