FIM DA GREVE: vigilantes de carros fortes da Paraíba voltam ao trabalho após conseguir aumento
Os vigilantes em transportes de valores no estado voltam ao trabalho a partir desta quarta-feira (8). O encerramento da greve aconteceu após audiência de conciliação no Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) presidida pelo desembargador Wolney de Macedo Cordeiro, com a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT), representado pela procuradora Maria Edlene Lins Felizardo.
Na audiência, o presidente do TRT ouviu as duas partes a apresentou uma proposta de conciliação com reajuste de 5% a partir de 1º de maio; vigência da convenção coletiva até o dia 30 de abril de 2020, com a consequente modificação da data-base para 1º de maio; reajuste de 12% no beneficio alimentação e mais pagamento de R$ 250,00 nas férias de cada trabalhador.
O presidente do TRT13 concedeu um intervalo de meia hora para as categorias consultarem as suas bases sobre a proposta apresentada. Na retomada da reunião, a proposta do desembargador Wolney Cordeiro foi aceita. Agora, as categorias têm prazo de 15 dias para que apresentem cópia da Convenção Coletiva assinada. Após a apresentação da convenção as partes concordaram na extinção do Dissídio Coletivo de Greve, sem resolução de mérito.
Desconto de dias parados – Ficou convencionado que não haverá desconto dos dias de paralisação, as ausências durante o movimento serão compensadas. Na Paraíba atuam cinco empresas de transportes de valores, que empregam cerca de 500 profissionais.
Prevalência do entendimento – A advogada do sindicato dos empregados, Marília Figueiredo Burity disse que a chamada do TRT para conciliação foi perfeita. “Afirmo, com toda certeza, que não teríamos chegado a um acordo se não fosse a iniciativa do presidente do Tribunal, o desembargador Wolney Cordeiro”, disse.
O mesmo pensamento foi partilhado pelo sindicato dos empregadores, representado pelo advogado Emmanuel Correia: “Estamos muito satisfeitos com a intermediação do Tribunal. Chegamos a um ponto em que todas as tentativas de negociação fracassaram e, com a ponderação e o equilíbrio do desembargador presidente, chegamos a um acordo”, sustentou.
“Essa audiência foi uma prova inequívoca de que é possível progredir, de que é possível manter as empresas funcionando e garantindo emprego e dignidade para os trabalhadores. A prática da conciliação faz parte do dia a dia da Justiça do Trabalho, e estamos aprimorando cada vez mais. O TRT tem, agora, um projeto de conciliação pré-processual, que vai ajudar, e muito, empresários e empregados e extinguir conflitos pelo meio do entendimento, sempre primando pela paz social”, finalizou o presidente do TRT, Wolney Cordeiro.
Créditos: Parlamento PB