Ricardo Coutinho confirma rompimento com João Azevedo e alfineta Veneziano
O tão especulado anúncio de rompimento entre as duas maiores lideranças do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Paraíba, foi dado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, na noite desta segunda-feira (3), em longa entrevista concedida à TV Master. Na oportunidade, o presidente da Fundação João Mangabeira e da Comissão Executiva do PSB no Estado, afirmou que o atual governador João Azevêdo (PSB) foi quem desistiu de seguir o projeto socialista para governança do Estado.
Segundo Ricardo, o rompimento político entre os dois já vinha sendo anunciado desde 2018, após o resultado nas urnas que sacramentaram a vitória de João Azevêdo. “O que acontece no PSB é muito mais grave, vem desde o ano passado antes da posse. (…) existem dois motivos, um não posso comentar agora, pois, falarei no futuro, e o outro era 2022, ou seja, quem teve de graça o cargo de governador, quando não seria eleito nem para vereador, tem medo de 2022 como se eu fosse pleitear entrar numa disputa. Se eu fosse me apegar a cargos, eu teria sido candidato a senador com uma eleição onde não gastaria nada”, frisou.
Ricardo ainda negou a tese de que João Azevêdo não se importaria com a sua ascensão à Presidência do PSB na Paraíba. “Não falou a verdade, sou eu que estou dizendo. Aliás, tem muita mentira. Como é que alguém justifica que parte podre da imprensa (sic), uns que ganham para caluniar, recebem da Secom para falar bem do governo, e para me atacar? Como alguém justifica isso? Como se justifica uma pessoa que você dá a mão, que você escolhe, que você diz ‘Olha , João, se não fosse você, seria outro, mas é você pelo fato de ser um dos construtores, tem a condição e o direito de continuar na gestão’, porque nós ganharíamos as eleições de qualquer forma, porque o Governo elegeria qualquer candidato”, disse.
Quem rompeu com quem?
“Eu não rompi com ninguém, o atual governador é que rompeu conosco, eu espero que ele repense, retorne respeitando o projeto e respeitando os companheiros que o colocaram ali, se não respeitar e ninguém quiser, tem todo o direito de pegar o caminho que quiser”.
“Eu não gosto de abandonar companheiros, não sou desse tipo, o que vejo é uma intriga generalizada, não há como conceber um governo em que as pessoas tinham vontade de trabalhar e, de repente, a gente um falando contra o outro”.
E o senador Veneziano?
“Com relação a Veneziano, não sei, sinceramente, o que ele quer, Veneziano teve também as bênçãos de todo esse projeto, que elegeu João e também Veneziano, que tinha passado por um momento difícil, após apoiar o impeachment, ficou numa situação delicada, o convidei para dentro do PSB e, acho muito estranho ficar dizendo que não tem posição.”