A campeã Amanda Nunes lutará mais uma vez em 2019. O Ultimate confirmou que a brasileira defenderá o cinturão do peso-galo em 14 de dezembro, contra a holandesa Germaine de Randamie, no UFC 245, em Las Vegas.
Em sua quinta defesa do título da categoria, Amanda Nunes terá pela frente uma velha conhecida. As duas lutadoras se enfrentaram em 2013 e, na ocasião, a brasileira saiu vencedora com um nocaute técnico no 1º round.
Seis anos mais tarde, Germaine ocupa hoje a primeira posição do ranking do peso-galo feminino e ostenta uma invencibilidade de cinco lutas, sendo a última vitória contra Aspen Ladd, em julho, no UFC Sacramento.
Aos 31 anos, e com uma invencibilidade de nove lutas, Amanda Nunes se tornou a primeira mulher na história da organização a conquistar dois cinturões em duas categorias diferentes. A baiana é dona de um cartel de 18 lutas e apenas quatro derrotas.
A ERA DA “LEOA” Amanda Nunes
Como eu já havia dito antes, ser atleta no Brasil não é fácil. Lutador de MMA, então, nem se fala! Vamos colocar um pouco mais de dificuldade aí? Atleta de MMA, vinda do Brasil e mulher. Tá bom pra você?
Essa é a nossa Amanda Nunes, que aos poucos foi conquistando o seu espaço e na hora certa soube brilhar para se posicionar como a melhor do mundo na sua categoria.
Cada detalhe visto como dificuldade tem uma explicação que todos já conhecem, mas vamos lá. O MMA é completamente dominado por homens, então vale destacar a valentia das mulheres que decidem por ele seguir. O Brasil é um país que não apoia os atletas como deveria, então mais um ponto de crédito para os que sobrevivem nesse mercado. Não existe um evento nacional que credencie oficialmente os atletas a entrarem no UFC, assim muitos migram para fora do país. Só falta acrescentar todo o esforço daquele treino que leva o atleta ao seu limite físico e psicológico todos os dias, as vezes até nos finais de semana.
Se já não bastasse ter vencido todas essas barreiras para chegar ao topo, Amanda Nunes, a nossa primeira atleta campeã do UFC, se mostra ainda mais valente quando enfrenta um adversário maior do que qualquer uma que a desafiou no octógono: o preconceito. Assim, acrescenta um peso a mais a sua coroa, sendo a primeira campeã mulher e assumidamente gay do nosso país e na história do evento.
Se a alegria tomou conta da torcida brasileira quando a luta foi interrompida pelo juiz, mais cedo do que o esperado, para que a Leoa fosse então coroada, agora é o orgulho que domina.
Podemos bater no peito e dizer que vimos uma rainha que tem características de várias minorias ser coroada. Começa agora a Era da Leoa, Amanda Nunes, campeã mundial peso-galo do UFC!