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Alemanha julgará ex-enfermeiro de Auschwitz por cumplicidade

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Justiça da Alemanha julgará um ex-enfermeiro de Auschwitz, de 95 anos, por cumplicidade em 3.681 mortes durante o período em que trabalhou nesse campo de extermínio construído na Polônia ocupada.

A Audiência de Neubrandebnurg, no leste da Alemanha, anunciou nesta segunda-feira a data do início do julgamento, 29 de fevereiro, mas não informou quantas audiências estão previstas, já que isso está condicionado ao estado de saúde do acusado.

O ex-enfermeiro é acusado de cumplicidade nas mortes de presos assassinados nas câmaras de gás de Auschwitz entre 15 de agosto e 14 de setembro de 1944, período em que serviu na brigada de enfermaria do campo nazista.

O sumário contra o réu foi aberto em março de 2015 e inicialmente o julgamento aconteceria em meados de ano passado, mas a defesa do acusado apresentou recurso alegando seu delicado estado de saúde.

Uma avaliação médica-legal determinou que ele suas faculdades psíquicas são parcialmente limitadas para acompanhar o processo, mas o relatório não evitará o julgamento.

O ex-enfermeiro de Auschwitz já foi julgado na Polônia por seu papel nos crimes do nazismo em 1948 e foi condenado a três anos de prisão.

Após cumprir essa pena ele voltou a sua cidade de origem na Alemanha, Neubrandenburg, onde refez sua vida como agricultor até se aposentar.

O processo faz parte dos julgamentos tardios por cumplicidade com o nazismo impulsionados na Alemanha após o caso do ucraniano John Demjanjuk, ex-guarda voluntário em Sobibor, que foi condenado em 2011 a cinco anos de prisão.

Sob esse precedente foram abertos nos últimos anos outras ações, não sujeitas à responsabilidade direta, nos assassinatos do nazismo.

Alguns destes novos processos foram arquivados por causa da avançada idade e do estado de saúde dos réus, enquanto outros foram concluídas com sentenças simbólicas.

Entre estes últimos casos está o do chamado “contador de Auschwitz”, o ex-membro da SS Oskar Gröning, de 94 anos, que foi condenado em abril de 2015 a quatro anos de prisão por cumplicidade na morte de 300 mil judeus.

O ucraniano Demjanjuk, que tinha sido deportado dos Estados Unidos à Alemanha após seus advogados esgotarem todos os recursos legais, morreu em um asilo da Baviera pouco após escutar sua sentença.

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