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Bolsonaro circula sem máscara e chama de ‘absurdo dos absurdos’ decisão do STF que permitiu fechamento de igrejas

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No pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, com os registros de óbitos em 24h passando de 4 mil em duas oportunidades, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas que restringem a circulação de pessoas, que visam diminuir o contágio do vírus. Bolsonaro chamou de “absurdo dos absurdos” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou estados e municípios a fecharem igrejas e templos durante a pandemia. O presidente deixou o Palácio da Alvorada no fim da manhã e circulou sem máscara por Brasília.

— Lamento os superpoderes que o Supremo Tribunal Federal deu a governadores e prefeitos, para fechar inclusive salas, igrejas, de cultos religiosos. É um absurdo dos absurdos. Artigo quinto da Constituição. Não vale o artigo quinto da Constituição, não está valendo mais. Está valendo o decreto do governador — disse o presidente, durante visita a São Sebastião, uma região administrativa do Distrito Federal.

Durante uma fala de de quase 22 minutos, transmitida em sua conta no Facebook, Bolsonaro não fez nenhuma referência às 348 mil mortes causadas pela Covid-19. O presidente, que conversou com imigrantes venezuelanos que vivem no local, passou boa parte do tempo falando mal da Venezuela.

Também estavam sem máscara o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, além de assessores e seguranças.

O presidente defendeu a reabertura do comércio “com as devidas medidas de saúde”, sem especificar quais:

— Essa política não está dando certo, e a gente espera que essas pessoas, em especial governadores, não são todos, tenham a consciência de abrir o comércio, com as devidas medidas de saúde, para que voltem a trabalhar — disse, acrescentando depois: — A política do fique em casa, fecha o comércio, está errada. O povo tem que trabalhar.

Mais tarde, ao retornar para o Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a criticar a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar omissões do governo federal durante a pandemia.

O presidente disse que foi uma “interferência” de Barroso. Questionado se concorda com a iniciativa do senador Carlos Viana (PSD-MG) de propor uma investigação contra o ministro, Bolsonaro disse que é uma questão do Senado, mas ressaltou que “a lei nasceu para todos”.

— Não vou dar opinião sobre isso daí, isso é o Senado que decide. Conheço o Carlos Viana, gosto dele. Agora, a lei nasceu para todos. Interferência, lamentavelmente, existe ainda por parte do Supremo Tribunal Federal. Teve no meu governo, muito. Agora, teve uma no Senado. No meu entender, isso é interna corporis, feijão com arroz lá do Senado. Não tem que fica se metendo em tudo.

O Globo

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