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Cármen Lúcia pede para ser chamada de ‘presidente’ em vez de ‘presidenta’

carmen_lucia_-_stf-310x245-300x237 Cármen Lúcia pede para ser chamada de ‘presidente’ em vez de ‘presidenta’

A ministra Cármen Lúcia afirmou nesta quarta-feira (10), durante sessão do Supremo Tribunal Federal, que prefere ser chamada de “presidente” do STF em vez de “presidenta”, como fazia questão a presidente da República afastada Dilma Rousseff.

Cármen Lúcia sucederá Ricardo Lewandowski na presidência do tribunal a partir de setembro.

Em meio a um julgamento nesta quarta, Lewandowski passou a palavra à colega e perguntou: “Concedo a palavra à ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita… ou presidente?”

“Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”, disse, rindo.

“É bom esclarecer desde logo, não é?”, brincou Lewandowski.

De acordo com o professor Sérgio Nogueira, autor do blog Dicas de Português no G1, as duas formas – “presidente e “presidenta” – são corretas.

Dilma
O termo presidenta foi inaugurado no vocabulário político brasileiro por Dilma, quando ela foi eleita para o primeiro mandato, em 2010.

Na ocasião, ela passou a orientar funcionários e assessores para que a chamassem de presidenta. Ao fazer discursos, se referia a si mesma como “presidenta” e também ao mencionar presidentes mulheres de outros países ou instituições.

Desde então, os veículos de comunicação oficiais do governo, como a TV NBR, também passaram a chamá-la de “presidenta”.

Documentos oficiais também vinham com essa grafia, e os servidores do governo também se referiam a ela como “presidenta”. O termo, costumava dizer a petista, dava ênfase à condição feminina da ocupante do cargo.

Eleição

Nesta quarta, os ministros do  STF elegeram Cármen Lúcia para o presidência da Corte pelos próximos dois anos.

Ela deverá tomar posse no próximo dia 12 de setembro, quando Lewandowski deixa o cargo. Na mesma sessão, foi eleito como vice o ministro Dias Toffoli.

Atual vice no STF, Cármen Lúcia será a segunda mulher a comandar a mais alta instância do Judiciário e também o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle dos tribunais. A primeira mulher presidente foi Ellen Gracie, que ocupou o cargo entre 2006 e 2008.

A eleição nesta quarta formaliza costume da Corte de repassar a presidência, de dois em dois anos, ao ministro mais antigo, num sistema de rodízio. Cármen Lúcia foi eleita com 10 votos favoráveis e um contrário. Também é comum que o ministro que assumirá o a presidência vote em seu vice.

Após a proclamação do resultado, a ministra agradeceu aos colegas.

“Como fiz dez anos atrás, como fazemos todos, continuo e reitero meu juramento de cumprir a Constituição, torná-la aplicável e bem servir, me dedicar integralmente, nos termos da Constituição e das leis da República, a que o jurisdicionado brasileiro possa ter o melhor do que eu puder fazer no desempenho com a ajuda, claro, de todos os ministros”, afirmou.

G1

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