Autoridades da província de Hubei, onde está localizado o epicentro do surto de coronavírus, Wuhan, anunciaram que a doença já matou 360 pessoas no país. Assim, o vírus 2019-nCoV supera em número de mortes a SARS (acrônimo em inglês para Síndrome Aguda Respiratória Grave), que acometeu a China entre os anos de 2002 e 2003.
A contagem oficial de mortes da SARS é de 349. O vírus 2019-nCoV já havia superado, na semana passada, o número de pessoas infectadas. Com os números divulgados neste domingo, 2, subiu para 16.480 o total de pessoas confirmadas com a doença.
Neste domingo também, foi anunciada a primeira morte causada pelo vírus fora da China. O caso foi registrado nas Filipinas. Foi um homem, de 44 anos, original de Wuhan.
Assim, a crise de epidemia começa a ganhar contornos ainda mais dramáticos. Mais cedo, um grupo de brasileiros radicados em Wuhan gravou um vídeo para pedir ajuda ao governo Bolsonaro. Eles queriam deixar o país o mais rápido possível. No vídeo, de pouco mais de seis minutos, eles afirmavam que não há nenhum caso de contaminação ou sintomas de infecção pelo coronavírus, mas diziam aceitar a necessidade de ficarem em quarentena. “Cientes de nossos direitos e deveres como cidadãos brasileiros, aguardamos uma resposta rápida e eficiente nesse momento de urgência”, diz um dos moradores de Wuhan. A filmagem é encerrada com os brasileiros repetindo a frase “Brasil, casa de todos nós”.
O governo respondeu. Durante a tarde, o Ministério da Relações Exteriores anunciou que todos os brasileiros residentes na cidade de Wuhan serão trazidos para o Brasil.
