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Escritor monteirense toma posse na Academia de Letras de Campina Grande

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Efigênio Moura, autor de 6 livros, foi empossado na noite de sexta ( 21) na Academia de letras de Campina Grande, ocupando a cadeira 18 que tem como patrono Severino Pimentel e o ultimo ocupante, o professor Romulo Araújo.

Em seu discurso de posse, Efigênio, nascido no Sandu, citou por varias vezes a cidade natalícia. Sobre seu primeiro livro, Eita Gota!, Efigênio disse:

“No livro Eita Gota, uma viagem Paraibana, para escrevê-lo, passei antes por um processo de retrocesso. Levado pelas mãos do meu primo Eudimar Raposo, conheci a Rua dos Pereiros. Há naquela rua, uma casa que me chamou a atenção por ter um poste bem em frente a sua única janela. Aquela casa deu guarida ao personagem principal da trama, aquela rua foi adotada por mim, por Netinho e das Neves e por milhares de leitores que fizeram o livro chegar a sua terceira edição. Mais de 2 mil exemplares em mãos e mentes diferentes das minhas. Contei naquela viagem poeirenta o que de fato sentimos ao voltar pra casa. Eu queria estar voltando pra casa naquele livro. E não via a hora de terminar o livro só para ter o prazer de voltar para minha terra. Eu queria mesmo era ter Monteiro de volta, como não tive quando criança, quando depois de nascer e pouco tempo depois ter-me ido, mode a profissão de meu pai (ele é agente fiscal -àquela época, era assim que se chamava) para tantas outras terras paraibanas. Eu queria voltar. E voltei.”

O autor fez uma verdadeira declaração de amor ao Cariri, região em que o inspira a criar personagens tão nossos e tão feitos de nós:

“A memória do Cariri não é somente guardada na poeira que se espalha pelo solo seco e pedregoso que nos apoia em nosso caminhar. Cada um de nós é guardião daquilo que estar a vista, daquilo que se fez, ou nunca se viu, e até mesmo das coisas que nunca acontecerão. Não serão vistas. Não serão vividas- não da forma real.”

Efigênio em seu discurso para uma plateia atenta e maravilhada, citou grandes nomes de Monteiro, a exemplo dos poeta Pinto do Monteiro, Pedro Jararaca ,Raniel Quintas, Nanando Alves e Washington Marcelo. Citou ainda lugares de nossa cidade, como o saudoso Grande Hotel, a Rua do Caís, o Açougue, o Museu. Citou pessoas importantes em seu pesquisar como Paulo Almeida e o “Beato Vicente” .

Com um estilo próprio, igual a sua literatura, Efigênio surpreendeu a plateia, principalmente os acadêmicos a falar a língua do povo, quando ele lembrou que a cadeira que ele assumia, a cadeira 18, era “pôico”, no jogo do bicho. A partir daí todos passaram a se deliciar com a oralidade existente na obra Efigeniana, que são as palavras que dizemos no seu dia.

Representando o Cariri da Paraíba e o Instituto geográfico e Histórico do cariri (do qual Efigênio Moura também é membro), o professor Daniel Duarte, foi citado no discurso através do Rio Sucuru, de nossa irmã Sumé.

Ao final da posse, um coquetel foi servido com as iguarias encontradas em nossa terra Cariri:

Tigelas de Beira-Secas, terrinas de arroz de festa, galinha de capoeira, cuias de mungunzá doce e salgado, arroz de leite, umbuzada, pamonhas entre outras.

Em entrevista ao Cariri Ligado, Efigênio disse que sua missão, é tirar a Academia das salas fechadas e para isso vai apresentar projetos de leituras em salas de aulas, não só de Campina Grande, como de todo estado.

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