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Flamengo bate o Palmeiras e leva o bi da Supercopa após 18 pênaltis cobrados e duelo histórico

FLAMENGO Flamengo bate o Palmeiras e leva o bi da Supercopa após 18 pênaltis cobrados e duelo histórico

O início de temporada reservou o maior duelo entre Flamengo e Palmeiras nesta era em que ambos são os principais polos do futebol e brigam pela hegemonia nacional. E, pela Supercopa do Brasil, teve de tudo em um jogo elétrico e histórico, marcado pelo título do Flamengo conquistado através dos pênaltis, após empate em 2 a 2 – com gols de Raphael Veiga (2), Gabigol e Arrascaeta – no tempo regulamentar. O placar das penalidades foi de 6 a 5, após nada mais nada menos que 18 cobranças. Um roteiro impecável para os amantes do futebol.

Assim, o Flamengo se torna o primeiro bicampeão da Supercopa do Brasil. Nas penalidades, cabe destacar que Diego Alves brilhou, com três defesas.

Veja os destaques da decisão:

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Partida foi elétrica durante os 90′ (Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

APITOU… GOL DO PALMEIRAS

Esperávamos um jogo a 220 volts. E a carga atingiu o aguardado já no primeiro lance de ataque. O Palmeiras abafou a saída do Flamengo, e, após ganhar a bola alçada por Diego Alves, teve em Rafael Veiga um protagonista de um gol de placa. O meia girou diante do Arão após tocar a bola estando de costas; frente a frente ao goleiro, bateu de trivela e não perdoou: 1×0 com 1′.

TODOS OS TEMPEROS DE DECISÃO

O jogo não deu oportunidades para o torcedor pegar um água. Almoçar, então, esqueça. O ritmo acelerado foi a tônica dos dois times, que, tensos e esbravejando com a arbitragem a cada instante, conseguiram criar chances até em uma quantidade atípica para uma final.

Aliás, todos os temperos de decisão estavam no mise en place. Expulsão? Teve: Abel Ferreira foi expulso quando o jogo estava empatado por reclamação. Polêmica com VAR? Teve: Isla cometeu falta próximo da área, em lance que, a princípio, Leandro Vuaden apitou falta dentro da área, mas recuou depois de alerta. Lance memorável? Teve: Diego tirou a bola em cima da linha, e de letra (!), em tentativa de Breno Lopes, que chegou a driblar Diego Alves.

Emoção não faltou. Não mesmo!

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Arrascaeta e Gabi viraram para o Fla (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

VIRADA AINDA NO 1ºT

O Flamengo empatou e virou ainda no primeiro tempo. O gol de empate surgiu num período em que o Palmeiras travava a saída do rival com faltas em profusão. Filipe Luís fez a diferença em jogada individual, entrou rabiscando a zaga e acertou a trave; no rebote, gol do Gabigol, o 74º do agora artilheiro isolado do clube no século XXI

A partida seguia aberta, franca. O reativo Verdão não deixou de incomodar Diego Alves. Mas o Flamengo, que não conseguia desenvolver o seu jogo impositivo, arrumou um espaço com o talento de Arrascaeta. O uruguaio cortou para dentro, da meia-lua, e finalizou com visão e classe: sem chance para Weverton. A virada ocorreu aos 48 minutos do intenso primeiro tempo.

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Veiga marcou duas vezes na partida (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

PALMEIRAS ENSAIOU, ENSAIOU… E EMPATOU

O Palmeiras não titubeou. Veio para a etapa final com duas alterações, ambas na cabeça de área (Menino e Danilo entraram nas vagas de Felipe Melo e Zé Rafael). O time credenciado via Copa do Brasil passou a encurralar o Fla e a encontrar boas soluções para chegar à área e incomodar Diego Alves.

De tanto martelar, chegando por diversas caminhos e encontrando um Fla com o meio num mau dia, Rony sofreu pênalti cometido por Rodrigo Caio (puxão) e permitiu que Veiga empatasse o então justo marcador: 2×2.

PENAIS PELA TAÇA (QUE JOGO!)

O jogo permaneceu elétrico e destinou dois lances inacreditáveis envolvendo Weverton e linha de sua meta, ambas na reta final: uma em chute de Vitinho, a bola beijou a trave, e o goleiro beijou a bola (sim, literalmente); depois, praticamente na jogada derradeira, Gabigol chutou e a bola desfilou sobre a linha, mas o arqueiro foi buscar (VAR chegou a analisar). Nada… Os penais tiveram que decidir o memorável confronto.

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Diego Alves virou herói no final (Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

DEPOIS DE 18 COBRANÇAS, DEU FLA!

Nas cobranças, que não ocorreram sem antes de uma confusão entre as delegações fora de campo, o Flamengo levou o título pela segunda vez consecutiva tendo Rodrigo Caio na cobrança final. Diego Alves ainda defendeu três pênaltis, brilhou e terminou como protagonista.

INVENCIBILIDADE MANTIDA

Antes de a bola rolar, o Palmeiras não vencia o Flamengo desde novembro de 2017 – eram seis confrontos, com três vitórias rubro-negras e três empates. E seguiu sem vencer. O Flamengo ampliou a respeitável sequência invicta, desta vez com um duelo emocionante e de imensa magnitude.

FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 2(6)X(5)2 PALMEIRAS – SUPERCOPA DO BRASIL
Estádio: Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data e hora: 11 de abril de 2021, às 11h
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (Fifa/RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS)
Árbitro de vídeo: Wagner Reway (PB)
Gramado: bom
Cartões amarelos: Isla, Rodrigo Caio, Willian Arão, Rogério Ceni (FLA) / Felipe Melo, Wesley, Abel Ferreira, Luan, Mayke (PAL)
Cartões vermelhos: Abel Ferreira (PAL)

GOLS: Raphael Veiga, 1’/1ºT (0-1); Gabigol, 23’/1ºT (1-1); Arrascaeta, 48’/1ºT (2-1); Raphael Veiga, 28’/2ºT (2-2)

PÊNALTIS

Palmeiras
Raphael Veiga (gol), Gustavo Gómez (gol), Gustavo Scarpa (gol), Luan (perdeu), Danilo (perdeu), Matías Viña (gol), Pepê (gol), Gabriel Veron (gol), Mayke (perdeu).

Flamengo
Arrascaeta (gol), Filipe Luís (perdeu), Matheuzinho (perdeu), Vitinho (gol), Gabigol (gol), João Gomes (gol), Pepê (perdeu), Michael (gol), Rodrigo Caio (gol)

FLAMENGO (Técnico: Rogério Ceni)
Diego Alves; Isla (Matheuzinho, 17’/2ºT), Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Diego (João Gomes, 17’/2ºT), Gerson (Pepê, 42’/2ºT), Everton Ribeiro (Vitinho, 33’/2ºT) e Arrascaeta; Bruno Henrique (Michael, 42’/2ºT) e Gabigol.

PALMEIRAS (Técnico: Abel Ferreira)
Weverton; Marcos Rocha (Mayke, 14’/2ºT), Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Felipe Melo (Gabriel Menino, intervalo), Zé Rafael (Danilo, intervalo), Raphael Veiga, Breno Lopes e Wesley (Gabriel Veron, 14’/2ºT); Rony (Gustavo Scarpa, 45’/2ºT).

 

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