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Grupos fazem manifestos contra decisão que proíbe vaquejadas na Capital

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Vaqueiros e defensores da realização de vaquejadas fazem, na manhã desta terça-feira (11), em pelo menos 10 cidades paraibanas, manifestos contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o evento. De acordo com o diretor de planejamento e relações públicas da Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq), Leon Freire, cerca de 40 municípios de outros estados do país também devem aderir à manifestação.Veja fotos e vídeo mais abaixo. 

Em João Pessoa, a concentração do protesto foi na Praça da Independência. Apesar de ter início marcado para as 9h, às 7h30 já tinham chegado carros com manifestantes ao local. O grupo seguiu em direção à Praça dos Três Poderes após a chegada de todos os apoiadores da causa. Alguns vaqueiros fizeram o percurso montados em animais.

Por causa do ato público, o trânsito ficou intenso e lento em ruas do Centro da cidade. Agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) atuaram no disciplinamento no tráfego.

“Queremos pedir apoio político para conseguir barrar essa decisão que prejudica milhares de pessoas. As pessoas que não conhecem a vida no campo precisam entender que não maltratamos animais. Pelo contrário, a Abvaq exige padrões que garantam a segurança do animal na vaquejada”, argumenta Leon.

Foto: Concentração teve carros de som e pessoas montadas em animais
Créditos: Divulgação/Abvaq

“Foi comprovado que são necessários pelo menos 30 cm de areia para que o animal não se machuque, então exigimos isso, por mais que custe caro. É obrigatório colocar protetor de cauda nos animais e proibido qualquer sangramento. Se for verificado qualquer rastro de sangue, o competidor é desclassificado”, exemplifica o diretor da Abvaq.

Leon Freire ainda defende o caráter cultural das vaquejadas. Segundo ele, o valor pago aos vencedores das competições é baixo e não justifica o exercício da atividade. “Num evento de grande porte, a premiação pode chegar a R$ 100 mil. Mas esse valor é divido para 20, então daria apenas R$ 5 mil para cada um. Não é por isso que eles participam. É uma questão cultural. A vaquejada é um esporte que, no Nordeste, só perde para o futebol. Muitas crianças do campo não sonham em ser jogador, mas sim em ser vaqueiro”, defende.

Além disso, o diretor da Abvaq argumenta que mais de 120 mil empregos diretos e mais de 600 mil indiretos são gerados pela vaquejada. “É um evento muito importante para a economia e também muito representativo para o povo nordestino. No ano passado, por exemplo, quase 500 vaquejadas ocorreram somente no Ceará. Elas possibilitam muita movimentação de capital financeiro, pois não são só competições, existem também os leilões e outras atividades”, conclui.

O Pipoco

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