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López Obrador assume Presidência do México

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Eleito em julho com 53% dos votos, Andrés Manuel López Obrador, de 65 anos, tomou posse como novo presidente do México neste sábado (1º). Conhecido em seu país pela sigla AMLO, ele quebra uma sequência de nove décadas de governos conservadores e centristas no país ao colocar no poder o partido esquerdista Movimento Regeneração Nacional (Morena).

“Eu prometo manter e proteger a Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos (…) e desempenhar leal e patrioticamente a posição de Presidente da República que o povo me concebeu de maneira democrática. Se eles me pedissem para resumir esse governo, eu diria: ‘Acabar com a corrupção e a impunidade’. Mas essa nova etapa vamos iniciar sem perseguir ninguém, porque não apostamos no circo e na simulação”, disse durante o juramento.

“Hoje uma mudança de regime político começa. Será uma transformação política e ordenada (…) acabará com a corrupção e a impunidade que impedem o renascimento”- Andrés Manuel López Obrador, novo presidente do México.

O mandato de AMLO vai até 2024. No entanto, o novo presidente prometeu convocar um referendo no meio do período para que os eleitores decidam se ele completará ou não os quase seis anos no cargo.

Ao assumir o cargo neste sábado, AMLO venceu as eleições com a promessa de um governo “austero, sem luxos ou privilégios”, de combate firme à corrupção e que preservará o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), inicialmente ameaçado por Donald Trump e, depois, reformulado em acordo.

 Segurança pública

Um dos maiores problemas do México, a violência atinge níveis alarmantes a cada ano. Em 2017, o país registrou 25.339 assassinatos – o mais violento em duas décadas.

E este ano pode ainda ultrapassar essa marca, porque, só no primeiro trimestre, o México teve 7.667 mortes violentas. O dado representa aumento de 20% em relação ao mesmo período em 2017.

A violência manchou também a campanha eleitoral, considerada “a mais violenta” dos últimos anos. Entre setembro de 2017, quando começou a pré-campanha, até julho de 2018, houve 124 políticos assassinados. Desses, 29 eram pré-candidatos e 18, candidatos, segundo balanço da empresa e de veículos locais, citado pela AFP.

Drogas: entre os cartéis e a liberação

A questão da violência no México passa pelos conflitos de mais de uma década entre militares e cartéis de tráfico de drogas – esses, inclusive, lutam entre si. Em grupos menores, traficantes lutam por rotas de tráfico e território para vender os entorpecentes.

Estima-se que mais de 200 mil morreram desde dezembro de 2006, quando o governo lançou a operação militar antidrogas, segundo dados oficiais que não detalham quantos casos estariam ligados ao crime.

A plataforma de AMLO, no entanto, prevê uma posição mais liberal em relação à solução do problema no país. Em outubro, o então presidente eleito reconheceu a legalização de certas drogas como parte de uma estratégia mais ampla de combate à pobreza e ao crime.

G1

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