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Trump intensifica ataques a Hillary a cinco semanas das eleições nos EUA

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Fragilizado por uma sequência de tropeços, o candidato republicano Donald Trump retomou nesta segunda-feira (3) os ataques a sua adversária democrata Hillary Clinton, que parece ter recuperado o impulso nas pesquisas a cinco semanas das eleições presidenciais americanas.

Em um ato realizado nesta segunda com militares em Herndon, Virgínia, Trump disse que Hillary “deixou nossa nação em perigo” pela forma como lidou com as informações secretas enquanto era secretária de Estado, de acordo com a agência France Presse.

O discurso de Trump se centrou nos riscos que o país enfrenta em termos de cibersegurança, os quais classificou como “enormes”, e deu como exemplo a decisão de Hillary de usar um servidor privado de e-mails no porão quando ocupava o cargo de secretária.

Para Trump, “a única experiência que Hillary tem com cibersegurança inclui seu sistema criminoso, que violou a lei federal, montando uma enorme operação para encobrir isto e colocando nossa nação em perigo”.

Durante o fim de semana, Trump chegou a questionar a pneumonia que afetou Hillary no mês passado e até a lealdade com seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. “Sequer penso que ela seja leal a Bill, se querem saber a verdade. Pois realmente, por que ela seria?”, disse durante um discurso na Pensilvânia.

A nova ofensiva de Trump acontece depois de uma semana extraordinariamente difícil para ele, que se viu envolvido em uma nova polêmica com uma ex-Miss Universo e uma enorme controvérsia por revelações sobre seu imposto de renda.

Declaração de renda
No final de semana o jornal “New York Times”, no final de semana, reproduziu parte de uma declaração do imposto de renda de Trump de 1995, quando o magnata anunciou a perda de US$ 916 milhões.

De acordo com especialistas, a análise desse documento sugere que Trump tenha usado artifícios legais para não pagar impostos durante cerca de 20 anos.

O caso tem todos os elementos para ser uma bomba-relógio na campanha de Trump, que se nega a divulgar suas últimas declarações de imposto de renda – uma tradição entre candidatos à Presidência – alegando que são objeto de uma auditoria.

Esse escândalo poderá se tornar o ponto central no próximo debate entre os dois candidatos, que ocorrerá no domingo (9).

Crescimento nas pesquisas

Hillary claramente passou a ter a iniciativa da campanha depois do debate e dos escândalos que mantiveram o comitê de campanha de Trump ocupado para tentar controlar os problemas.

Uma pesquisa da Politico and Morning Consult revelada nesta segunda-feira mostra que Hillary agora supera Trump por 42% a 36% nas intenções de voto, incluindo outros candidato minoritários, como o libertário Gary Johnson (9%) e a ambientalista Jill Stein (2%).

De acordo com esta pesquisa, quando considerados apenas os candidatos principais, a vantagem de Hillary sobre Trump é de 46% a 39%.

A sondagem, entretanto, volta a revelar o alto nível de rejeição contra os dois candidatos: 58% dos eleitores consultados tem uma imagem ruim de Trump, contra 54% que pensam o mesmo de Hillary.

De acordo com a Politico and Morning Consult, o principal fator de avanço de Hillary está em um maior nível de aceitação entre os eleitores independentes e, em menor medida, entre os eleitores mais jovens.

Vantagem entre hispânicos
Outra pesquisa, específica sobre as intenções de voto entre a população de origem hispânica, mostra que Hillary tem uma grande vantagem em relação a Trump, informa a Efe.

De acordo com o levantamento encomendado pela Associação Nacional de Funcionários Eleitos e Designados (NALEO, sigla em inglês) e pela emissora “Telemundo”, 73% dos entrevistados têm intenção de votar em Hillary, frente a 16% de Trump, que perdeu dois pontos em relação à última consulta. A vantagem é de 57 pontos.

Estados-chaves tradicionais
Com a proximidade das eleições, a corrida presidencial se acirrou em vários estados-chaves tradicionais, considerados indecisos e decisivos, como Flórida, Ohio e Arizona.

De acordo com a mais recente pesquisa do projeto Estados da Nação da Reuters/Ipsos, divulgada nesta segunda, Hillary continua aparecendo como a favorita para conquistar a Casa Branca.

Este projeto, que utiliza uma pesquisa de intenção de voto nacional online com mais de 15 mil pessoas, mostrou que até a última quinta-feira o apoio a Hillary e a seu rival republicano Donald Trump estava quase igual na Flórida e em Ohio, estados onde ela vinha mantendo a vantagem. O Arizona, onde Trump vinha mostrando uma dianteira, também foi considerado uma incógnita.

Já Maine, Oregon e Pensilvânia foram considerados estados nos quais Hillary provavelmente irá vencer – eles também vinham sendo vistos como indefinidos.

No geral, o projeto revelou que Hillary continua a ter uma vantagem sobre Trump no Colégio Eleitoral, o organismo que escolhe de fato o presidente. Apesar de os americanos votarem em seu candidato preferido nas urnas, a eleição não é direta (entenda no vídeo abaixo).

Se a eleição presidencial dos EUA fosse realizada agora, a ex-senadora estaria à frente de seu adversário no Colégio Eleitoral por 246 votos a 180, e teria 88% de chance de obter os 270 votos eleitorais necessários para se tornar a presidente do país.

G1

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