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La Casa de Papel expõe sociedade dividida e cita o Brasil em nova temporada

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A parte 3 de La Casa de Papel chega hoje à Netflix mais social e politizada, sem deixar de ser divertida. Parte do alívio cômico dos novos episódios fica nas mãos de um dos personagens mais odiados da parte 1 e 2 da série, Arturo, o ex-diretor da Casa da Moeda espanhola que volta como palestrante motivacional. Com status de estrela, ele leva a grandes plateias um discurso moralista contra os bandidos que estão espalhados pelo mundo gastando os milhões de euros que produziram.

Há também o outro lado. A parte da população (e a maioria dos fãs da série) que viu o Professor como um Robin Hood moderno ao liderar o bando de assaltantes, todos com um propósito. Com o objetivo de resgatar Rio, eles se reúnem para um assalto ainda mais desafiador que a invasão à Casa da Moeda da Espanha. O alvo agora é o Banco da Espanha, uma das instituições mais respeitadas do país. O novo assalto se passa três anos depois do último encontro do grupo, embora a parte 3 não siga uma ordem cronológica.

A popularidade real que La Casa de Papel ganhou após conquistar o mundo como a série em língua não inglesa mais assistida da Netflix foi claramente absorvida pelos roteiristas. Ela é repassada ao bando fictício, que conta com esse apoio fundamental para botar em prática o novo plano, o que fica bem explícito já nos três primeiros episódios da série que o UOL viu antes da estreia.

Brasil presente

Enquanto o caos se instaura nas ruas por causa do povo dividido e conversa com a realidade de vários países, a série segue provando que tem noção do tamanho que ganhou. Em uma cena em que apresenta o plano para o grupo, o Professor mostra imagens de vários países em que a máscara de Dalí e o macacão vermelho foram adotados pelo povo em busca de justiça. Nesse momento, surge uma foto de um homem vestido como os personagens de La Casa de Papel em protesto no Brasil contra a corrupção.

O país também é citado ainda no primeiro episódio quando o casal Tóquio e Rio estão isolados em uma ilha no Caribe e planejam seu próximo destino paradisíaco: o Rio de Janeiro. Isso antes de ele ser capturado pelas autoridades, o que gera o mote da nova temporada.

Outro tema que volta com ainda mais força é o feminismo. Tóquio, Nairóbi e Estocolmo (o novo nome de Monica) não se deixam ser humilhadas nem pelos novos colegas, nem pelas novas autoridades que enfrentam. As veteranas tomam à frente de momentos importantes, resolvem conflitos, e mostram que a parte masculina e feminina do bando precisa estar alinhada o tempo todo.

É a vez também da inspetora Raquel, agora sob o codinome Lisboa e do lado dos bandidos, dividir o comando da ação de longe com o Professor. Sua vasta experiência na polícia e cabeça fria que o cargo exigia será fundamental para mantê-lo focado, já que uma questão sentimental do líder envolve o novo plano.

E o Bella Ciao, hino da resistência que virou símbolo da série, ganha ainda mais sentido com várias cenas que se passam na Itália, país que ganha espaço importante na parte 3.

Todos os oito novos episódios de La Casa de Papel já estão disponíveis na Netflix. A série, que acaba de estrear sua terceira parte, já tem uma quarta confirmada.

uol
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