Professores da rede estadual de ensino paralisam suas atividades nesta quarta (26) e quinta-feira (27). Mais de 400 mil alunos devem ficar sem aulas nesses dois dias, segundo a estimativa da Associação dos Professores com Licenciatura Plena da Paraíba (APLP). Segundo o professor Fernando Lira, diretor da entidade, disse que há um ano a categoria cobra do governo do estado e da Assembleia Legislativa a aprovação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
Segundo Fernando Lira, o atual PCCR está defasado. “O que está aí já não serve mais pra nada. Há 13 anos que ele está em vigor”, disse. No quadro efetivo, são quase oito mil professores. Segundo a APLP, no quadro de temporários há também esse mesmo número de contratados. “Todos param. De cabedelo a Cajazeiras”, afirmou.
No estado, são cerca de 850 escolas, entre as de ensino fundamental e a de ensino médio. “Temos pouco mais de 400 mil alunos em todo o Estado. Isso é uma mobilização fruto de uma assembleia que a categoria realizou ainda no primeiro semestre e que estamos realizando até o mês de dezembro, caso o governo não se disponha a rever o PCCR, que já se encontra elaborado e no gabinete do governo. Ele tem que ser encaminhado para Assembleia Legislativa, para que seja aprovado e entre em vigor a partir de janeiro do próximo ano”, disse.
Fernando Lira argumentou que essa a revisão do PCCR do magistério estadual foi uma promessa do governador em sua campanha política de 2014. “O governador dialogou pessoalmente com a categoria naquela época. Em termos de remuneração, o governo nos deve em torno de 16%. Foram em torno de 4% de resíduo do reajuste de 2015 e, agora, no ano de 2016, o reajuste do piso não repassou para os professores de licenciatura plena com o nível de pós graduação”, afirmou.