A Câmara de Camalaú realizou na manhã da última sexta-feira (04) uma das mais polêmicas reuniões desta legislatura, com o objetivo de discutir o percentual dos créditos suplementares contido na Lei Orçamentária Anual 2017.
A reunião ocorreu em horário diferente do comum, o que segundo os vereadores oposicionistas se deu para que a população não participasse da sessão. Não foi o que ocorreu. Populares lotaram o plenário e viram pelo placar de 5 a 2 o projeto de suplementação do Orçamento ser aprovado em apenas 10%, o que poderá dificultar muito o primeiro ano de gestão do prefeito eleito Sandro Môco.
Os vereadores que votaram a favor do projeto foram Edvaldo de Queiroz Neles (Diva), o ex-prefeito Aristeu Chaves Sousa, Audenice Chaves Sousa, Gilberto e João Ferreira Sobrinho. Já os parlamentares Bhira Mariano e Antônio Bezerra votaram contra a proposta do atual prefeito Jacinto. O presidente da Câmara não votou, pois só o faria em caso de empate e o vereador Matéia de Doca faltou à sessão.
O que mais causa estranheza e revolta na população e nos vereadores oposicionistas é que nos últimos 16 anos, período em que governou o atual grupo do prefeito Jacinto, as suplementações nunca foram inferior a 50%. Foram os vereadores que dão sustentação ao atual prefeito que aprovaram a redução dessa suplementação.
Após a votação, o presidente da Câmara Aluísio Lucas Júnior pediu que a polícia tirasse um jovem conhecido por PÊ, das dependências do Legislativo, fato este que revoltou os presentes. Os vereadores de oposição Bhira Mariano e Antônio Bezerra saíram da sessão em protesto e o restante da população esvaziou o plenário.
Para os vereadores da oposição, a LOA aprovada pelos vereadores da situação para o exercício da gestão do prefeito Sandro Môco teve o único objetivo de prejudicar o futuro prefeito, mas acabará por ocasionar prejuízos à população.
De Olho no Cariri
Foto: Camalaú Notícias