Lula reúne petistas em Brasília para afinar discurso que vai apresentar em Monteiro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve reunido na última quarta-feira (16), em Brasília, com integrantes da bancada do PT no Senado. Além de discutir possibilidade de mudança na estrutura do partido e criação de cargos de vice-presidentes regionais, o encontro – que aconteceu durante um jantar depois das manifestações contra as reformas da Previdência e Trabalhista – também serviu para afinar o discurso que Lula fará em Monteiro (PB) no próximo domingo (19).
A vinda de Lula para “reinaugurar” a Transposição do Rio São Francisco já é considerada o pontapé inicial da campanha do petista à presidência do Brasil em 2018. A expectativa é de que pelo menos um terço da bancada do PT na Câmara Federal acompanhe o ex-presidente, além de toda a bancada do partido no Senado, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), vários governadores do Nordeste e intelectuais, a exemplo do teólogo Leonardo Boff. O cantor, compositor e escritor Chico Buarque também foi convidado e, segundo a presidência estadual do partido na Paraíba, está confirmado.
De acordo com reportagem do portal Estadão publicada ontem, o encontro dos petistas com Lula aconteceu na residência do senador Paulo Rocha (PT-PA) e também contou com a participação do ex-ministro Gilberto Carvalho e do presidente do PT, Rui Falcão.
Segundo relatos feitos à reportagem do Estadão, a maioria dos presentes defendeu que Lula assuma a presidência da legenda no próximo Congresso Nacional do PT, previsto para o próximo mês de junho. O principal argumento de parte da bancada do PT do Senado é de que Lula seria o único nome que uniria todas as correntes.
Para não ficar “engessado” e ter liberdade para viajar pelo País, Lula ficaria distante, contudo, do cotidiano burocrático e administrativo da legenda. Essa parte seria tocada por integrantes da Executiva e pelos vice-presidentes regionais, que responderiam pelo partido em suas respectivas regiões. Essa estrutura organizacional é inspirada, segundo petistas, no modelo adotado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Com informações do Estadão