Operação no Presídio do Roger apreende celulares, armas e drogas, em João Pessoa
O sistema penitenciário paraibano atesta quase que diariamente a tese de ‘a cada enxadada, uma minhoca’, sempre que são feitas operações para apreender objetos ilícitos em presídios. Nessa sexta (24), um dia atípico, justamente para surpreender os detentos, foi a vez do presídio do Róger, em João Pessoa, que amanheceu movimentado por uma dessas operações, iniciada às 5h da manhã. Em pouco mais de cinco horas de buscas, em quatro pavilhões, foram encontrados 36 telefones celulares e 53 armas brancas artesanais, em formatos de facas e espetos.
Ao Correio Online, o diretor da unidade, David Efraim Nigri, disse que a ideia de começar a revista tão cedo foi para surpreender os presos enquanto eles ainda dormiam. “O trabalho em unidades prisionais é assim. Temos que nos antecipar sempre a fatos indesejados e, por isso, planejamos ações de rotina, mas sem criar rotina em nossas estratégias, para termos a vantagem. Hoje escolhemos um dia e um horário incomuns e o resultado foi muito positivo”, disse.
Durante a revista, também foi encontrada uma porção de maconha, estimada em 200 gramas e comprimidos de efeito alucinógeno. Esse material estava em poder dos presos que vivem no pavilhão chamado de “seguro”, que é destinado aos acusados e condenados por crimes como estupro e que vivem sob constante ameaça de morte, dentro da unidade.
O presídio do Róger é a unidade para onde são enviados os acusado que ainda não foram julgados, que estejam com prisão preventiva decretada e respondendo a ações penais. A unidade tem capacidade para 500 presos, mas a população ontem, era de 1.325 homens. “Com uma população desse porte não podemos relaxar. O risco de problemas como assassinatos dentro da unidade é alto”, comentou o diretor.