Senador colombiano quer que Maduro seja réu em tribunal de Haia
Para o senador colombiano Iván Duque, a eleição para a Assembleia Constituinte na Venezuela é “um mecanismo para legitimar uma ditadura terrível”.
Duque, 40, é pré-candidato a Presidência colombiana em 2018 apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Na terça (18), ele entregou uma denúncia contra o líder venezuelano, Nicolás Maduro, no Tribunal Penal Internacional, em Haia.
O documento, assinado por 110 congressistas colombianos e chilenos, afirma que o regime venezuelano tem cometido uma série de abusos de direitos humanos, violando a lei internacional.
“Os acontecimentos na Venezuela são muito graves. Estamos falando de delitos que são de competência do TPI, como a tortura, a desaparição forçada, prisões irregulares, entre outros”, afirmou Duque à Folha.
O senador diz acreditar que a Justiça venezuelana “deixou de ser independente e é incapaz de investigar Maduro”, e espera que outros países se somem à denúncia apresentada em Haia.
“Qualquer país que defenda a democracia deveria se posicionar.”
Duque critica o papel que a Colômbia exerce na crise venezuelana e crê que o presidente Juan Manuel Santos, seu rival político, se limita a fazer declarações que não têm consequência prática.
“Eu acho que muitos países poderiam fazer mais, em especial a Colômbia, pela proximidade. Nós não podemos ficar somente nos discursos elaborados em organismos multilaterais. É preciso denunciar essas graves violações.”