CARTAXO NO CARIRI
A visita do pré-candidato ao governo estadual e prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, à região do Cariri na sexta-feira e no sábado, animou lideranças políticas que fazem oposição ao governo estadual na região. Ao participar de entrevistas nas rádios 95 FM (Sumé) e 104 FM (Monteiro), Cartaxo fez um balanço das principais ações do seu governo e não poupou críticas ao governador Ricardo Coutinho. Indagado se não temia enfrentar a estrutura do governo numa possível disputa em 2018, o provável candidato à sucessão estadual comentou que já derrotou o PSB por duas vezes nas eleições para a Prefeitura de João Pessoa e disse não ter dúvida de que se estiverem unidas, as oposições terão amplas condições de conquistar o pleito estadual.
BEM RECEBIDO
Em Monteiro, Luciano Cartaxo foi recebido pela prefeita Anna Lorena, pelo vice-prefeito Celecileno Alves, por vereadores e lideranças políticas e comunitárias ligadas ao deputado João Henrique. Acompanhado do vice-prefeito Manoel Júnior, visitou a Feira do Gado, uma escola do município e a sede do programa Sopa da Gente. O prefeito pessoense elogiou muito a o estrutura existente hoje no município de Monteiro, implantada inicialmente na gestão da ex-prefeita Edna Henrique e agora continuada pela prefeita Anna Lorena.
BATINGA PRESENTE
O superintendente da SEMOB, Carlos Batinga, esteve acompanhando Cartaxo em Sumé e em Monteiro. O ex-deputado e ex-prefeito monteirense é um ardoroso defensor da candidatura de Cartaxo ao governo do Estado e inclusive, ao conceder entrevista a diversos órgãos da imprensa paraibana, condicionou sua candidatura à Casa de Epitácio Pessoa à candidatura de Luciano Cartaxo ao Palácio da Redenção.
PRA FAZER CIÚME POLÍTICO
Uma abelha zoou no meu ouvido que, em determinado momento da visita, a prefeita Anna Lorena estava ao lado de Luciano Cartaxo, quando Batinga aproximou-se e solicitou de um amigo que fosse feita uma foto dos três, dizendo em tom de brincadeira: – esta é pra fazer ciúme.
Diplomaticamente, a prefeita esboçou um sorriso e teria dito: – meu amor é bem definido e não dá motivo para provocar ciúme.
AZEVEDO VEM AÍ
Com a vinda de Luciano Cartaxo, lideranças ligadas ao governador Ricardo Coutinho já estão articulando a vinda do governador Ricardo Coutinho à região, trazendo o secretário João Azevedo, seu provável candidato à sua sucessão. Nos bastidores da política local, comenta-se que esta visita deverá ser anunciada para acontecer brevemente, evitando que aumente o clima de animação da oposição.
PENSAMENTO DA SEMANA
“A administração é a arte de aplicar as leis sem lesar os interesses”
(Honoré de Balzac)
COISAS & CASOS
Mais uma valiosa contribuição enviada pelo apologista monteirense Lúcio Wellington Amador, lembrando os 128 anos do nascimento da grande poetisa goiana Cora Coralina.
Oração do milho
Senhor, nada valho.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada.
Ponho folhas e haste, e se me ajudardes, Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo e de mim não se faz o pão alvo universal.
O Justo não me consagrou Pão de Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre, alimento de rústicos e animais do jugo.
Quando os deuses da Hélade corriam pelos bosques, coroados de rosas e de espigas, quando os hebreus iam em longas caravanas buscar na terra do Egito o trigo dos faraós, quando Rute respigava cantando nas searas de Booz e Jesus abençoava os trigais maduros, eu era apenas o bró nativo das tabas ameríndias.
Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Alimento de porcos e do triste mu de carga.
O que me planta não levanta comércio, nem avantaja dinheiro.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado.
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor, que me fizestes necessário e humilde.
Sou o milho.
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