Acontece, nesta quinta-feira (21), em Campina Grande, o I Simpósio Paraibano do Umbu. O evento será na sede do Instituto Nacional do Semiárido. Com forte potencial econômico na região, a fruta é fonte sazonal de renda para extrativistas, agricultores familiares e comerciantes.
Na programação estão previstas palestras, mesas-redondas, apresentações de experiências e feira de produtos orgânicos a base de umbu. As inscrições e credenciamento serão gratuitos e ocorrerão no local do evento a partir das 08:00h em seguida será dada inicio a abertura do simpósio.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na região do Cariri a safra pode atingir 4 mil toneladas. Já nas regiões do Curimataú e do Seridó Oriental, o potencial produtivo é de 1,650 toneladas/safra, totalizando mais de 5 mil toneladas no estado. Essa produção é escoada para o mercado local e para os estados da Bahia e Pernambuco.
Embora a maior parte da comercialização seja destinada à fabricação de polpas, o produto tem boa aceitação no mercado externo em forma de geleias e compotas. Na Bahia, a cooperativa Coopercuc exporta derivados do umbu para Itália, França e Áustria.
De acordo com o gerente de agronegócios do Sebrae Paraíba, Antônio Felinto Neto, o seminário vai promover o intercâmbio de informações entre pesquisadores, técnicos, produtores, movimentos sociais, órgãos governamentais e entidades ligadas ao desenvolvimento rural sustentável.
“Vamos colocar a cadeia produtiva a par das inovações tanto na melhoria genética das plantas, quanto no melhor aproveitamento do fruto para produção de derivados como a cerveja”, explicou Felinto.
Além disso, serão discutidas estratégias de estruturação de uma cadeia produtiva agroindustrial do umbu que gere trabalho e renda no Semiárido paraibano. De acordo com o engenheiro agrônomo Ewerton Bronzeado, extensionista rural da Emater Paraíba, “o encontro visa promover a recuperação, preservação e ampliação das áreas de cultivo da espécie com manejo adequado”.
No seminário, complementa Ewerton Bronzeado, “haverá a divulgação e sensibilização da classe política, acadêmica e produtiva da cultura do umbu e a elaboração e execução de um projeto de abrangência em todos os municípios paraibanos que apresentam potencial para essa cultura”, afirma o agrônomo.