Vice-governadora descarta apoio antecipado a João Azevedo para 2018
A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) tem fugido das perguntas sobre 2018 como o ‘diabo foge da cruz’. A situação é por vezes constrangedora. Ela integra a aliança comandada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), mas não é admitida como pré-candidata. Os socialistas trabalham para lançar o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo, para a disputa da sucessão. O cenário, no entanto, ficará muito esquisito se a vice estiver no comando do governo a partir de abril do ano que vem. Seria difícil explicar como a detentora da caneta, sentada na principal cadeira do Palácio da Redenção, ficaria fora da disputa pela reeleição.
O caminho que levará Lígia Feliciano para a disputa, em 2018, chega a ser óbvio. Basta o governador Ricardo Coutinho se desincompatibilizar do cargo no ano que vem para disputar vaga no Senado. O gestor tem dito aos aliados, no entanto, que sua disposição é se manter no cargo até o fim do mandato. Isso seria feito para fortalecer a candidatura de João Azevedo. Com a caneta na mão, as chances de ele cacifar o apadrinhado seriam maiores. Caso contrário, ele estará submetido aos humores da família Feliciano. Lígia não nega que tem pretensões eleitorais. Evita falar sobre o assunto, mas não nega. E ela tem a grande vantagem de jogar parada. Pode esperar a conclusão das discussões.
A mesma posição é reforçada pelo deputado federal Damião Feliciano, que é marido de Lígia e preside o PDT no Estado. Ao ser questionado, nesta segunda-feira (18), em evento do governo, ele disse que não existe candidato na base governista ainda. “Eu não defendo o nome de ninguém. Estamos em 2017 só pensando a questão administrativa”, ressaltou. O parlamentar também comentou as especulações sobre a possível aliança do PSB com o PMDB do senador José Maranhão. Ele disse que foi convidado para o aniversário do parlamentar, porém, compareceu apenas ao evento realizado em Brasília. Sobre aliança, diz que o governo se constrói com alianças, mas evitou tecer comentários sobre 2018.