Irrevogável. É assim que o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD) classifica sua desistência de concorrer ao Governo do Estado nas eleições deste ano. O gestor fez um pronunciamento sobre a decisão no início da tarde desta quinta-feira (1º) em um hotel na Orla da Capital. Durante o discurso ele estava acompanhando de vereadores, secretários e lideranças políticas, e a ausência mais sentida foi a do vice-prefeito Manoel Junior (PMDB).
“Conversei com muita gente, foi uma decisão madura, pensada, equilibrada, que eu tenho clareza de que fiz a melhor decisão de continuar prefeito dessa cidade. Esse é o meu compromisso, com desapego a qualquer tipo de eleição, de poder”, explicou.
O prefeito deixou claro uma desavença com a oposição, e apontou que uma das motivações para sua desistência foi a passividade do grupo. “Eu estabeleci um diálogo franco com os partidos. Quais eram as condições que a gente colocava claramente: era que era preciso chegar ao mês de dezembro, entrar janeiro, com uma decisão tomada. Eu estou em primeiro lugar em todas as pesquisas, mas eu nunca impus o meu nome para ser assimilado pela oposição, eu queria estabelecer critérios e uma data, porque tudo na vida tem prazo, e os partidos entenderam que era melhor permanecer a discussão, sem uma avaliação profunda”, afirmou Cartaxo.
De acordo com ele, também não houve a chamada unidade dos partidos, e para ele isso não aconteceu e então preferiu continuar seu trabalho. “É uma decisão irrevogável e definitiva. Empurraram a decisão com a barriga, e eu sempre disse que ia tomar a minha decisão”, destacou.
Apoio e permanência na oposição
Questionado sobre quem receberia seu apoio, Cartaxo foi enigmático – já que não está em paz com a oposição não anunciou apoio prévio a um nome do grupo. “Essa é uma discussão posterior. Eu fiz a minha parte, nessa segunda etapa de discussões vamos deixar agora os partidos pensarem, apresentarem o nome, eu não sei quem são os candidatos. Então, com isso, vamos abrir o bom diálogo”, disse.
Conforme o prefeito, sua permanência na oposição vai ser “uma discussão que vamos fazer com muita gente”, e destacou que não se trata de uma decisão pessoal. Ou seja, não está garantido sua permanência no grupo da oposição.
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