Com 30 canções selecionadas para esta segunda edição, o Festival de Música da Paraíba terá eliminatórias nos dias 18 (Alagoa Grande) e 25 (Monteiro) deste mês, com finalíssima no dia 31 (João Pessoa). As três noites contarão com shows de encerramento gratuitos. Em Alagoa Grande, a apresentação será do grupo Soh Jackson, na frente do teatro Santa Ignez. Já em Monteiro, a atração será Totonho, na Praça João Pessoa. Silvério Pessoa cantará na capital paraibana, no Teatro de Arena da Funesc, trazendo o show ‘Cabeça feita: Silvério canta Jackson do Pandeiro’.
O Festival é uma realização da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) e também da Empresa Paraibana de Comunicação (através da Rádio Tabajara) e Secretaria de Estado da Comunicação. Em cada etapa, serão apresentadas 15 músicas. Serão pagos R$ 20 mil em prêmios, sendo R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo, R$ 3 mil para o terceiro e R$ 2 mil para melhor intérprete.
Na primeira edição, ano passado, 24 músicas foram selecionadas. Já nesta edição, 30. A curadoria foi feita por Gabriel Murilo (de Minas Gerais), Flávio Abreu (de São Paulo) e Eron Quintiliano (do Rio Grande do Sul). Chico Limeira foi o vencedor da primeira edição do festival (primeira colocação e Melhor Intérprete) com a canção Imprópria. Ano passado, o evento prestou homenagem a Zabé da Loca. Esta segunda edição homenageia o centenário de nascimento de Jackson do Pandeiro, o rei do ritmo.
A primeira eliminatória será em Alagoa Grande, neste sábado (18), a partir das 20h. A ordem de apresentação já foi sorteada e será a seguinte: ‘Tudo o que a estrada dá (Daniela Rezende), ‘Carta pra Maria (Chico Limeira), ‘Um ser melhor’ (Myra), ‘Brasil Colômbia (Pedro Faissal), ‘Meus ideais’ (Mebiah), ‘No seu lugar’ (Lucas Barreto e Everton Avelino), ‘Vou danado pra Campina (Marcos Santos, com Yuri Carvalho como intérprete), ‘Diagnóstico’ (Fabio Smith e Roberto Araújo, com Nathalie de Lima como intérprete), ‘História de vida 2’ (pdr_poeta do rap), ‘Remendos’ (Ruanna Gonçalves), ‘Baile de pandeiro’ (Xisto Medeiros e Acilino Madeira), ‘Um coco pra Jackson’ (Miguel Monteiro), ‘Tia Ciata (Nara Santos), ‘Para além de paracetamóis’ (Titá Moura) e ‘Balançando a feira’ (Renan Rezende)
Já a segunda eliminatória, na cidade de Monteiro, dia 25, terá a seguinte ordem de apresentação: ‘Terra à vista’ (Yanca Medeiros), ‘Pandeiro’ (Yuri Gonzaga, Zé Neto e Carlos Henrique), ‘Maldito’ (Caique Ferreira), ‘A vida é sonho’ (Jéssica Melo / Ari Rodrigues), ‘Varal de bem querer’ (Amorim), ‘Canto protetor’ (Tiago Sotero), ‘Meu recado’ (Wagner Malta), ‘Apneia (Cerebraz), ‘Calamidade’ (Willames Diniz), ‘Florescer’ (Tathy Martins), ‘Brados do guerreiro’ (Alberto Batista), ‘O que vale?’ (Nelson Nunes Farias), ‘Descoberta’ (Lucas Gaião), ‘Nordeste imenso’ (Raabe Catarine) e ‘Clareou’ (Jeann Bin).
Músicas e ‘causos’ de Jackson do Pandeiro
O grupo Soh Jackson mostrará um show com sucessos de Jackson do Pandeiro (homenageado nesta edição do Festival), também contando alguns ‘causos’ da trajetória do ‘rei do ritmo’. A banda é formada por Ely Porto (voz e zabumba), Betinho Lucena (percussão), Lue Maia (percussão) e Lucas Carvalho (sanfona). E não é de hoje que Ely Porto faz questão de homenagear Jackson do Pandeiro. Idealizador do Festival 99 é quase 100, que aconteceu no final de agosto de 2018.
Ely Porto também é coordenador e idealizador do projeto Tamborete, o primeiro grupo de zabumbas do Brasil, com fins sociais e culturais. Foi integrante da banda Cabruêra na sua composição inicial, fez parte da banda As Parêa na formação original, integrou a Banda Labacé do músico paraibano Escurinho, foi zabumbeiro de Antônio Barros e Cecéu, e já tocou diversas vezes com Cátia de França.
Betinho Lucena é o vocalista da banda Os Fulano. Também integra os projetos Jackson Racional e Os Afrobatuques, além do Sexteto Tabajara. Iniciou a carreira musical aos 16 anos acompanhando artistas dos mais diversos ritmos. Em 2010 passa a integrar o Grupo Armorial Cordas de Caroá, apadrinhado pelo escritor Ariano Suassuna, e o Grupo Imburana de Manifestações Culturais, da UFPB.
Lue Maia foi percussionista da Orquestra Infantil do Estado da Paraíba (OIEPB). Integrou, entre 2008 e 2018, o naipe de percussão da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado da Paraíba (OSJPB) e, atualmente, integra o naipe de percussão da Orquestra Sinfônica do Estado da paraíba (OSPB). Acompanhou e tocou em diversos grupos de música como Iamaká, Totonho & Os Cabra, banda-fôrra, Titá Moura e O Passaredo, Chico Limeira, Banda Uns e os grupos de maracatu Círculo dos Tambores, Quebra-Quilos, Pé de Elefante, Maracastelo e Maracaíba.
Lucas Carvalho já tocou com grandes nomes da música brasileira, como Ellen Oléria e Khrystal. Também fez show com Sandra Belê, Eleonora Falcone, Socorro Lira e André Morais. Ainda adolescente, lançou o CD autoral ‘Sementes do Nordeste’. Com formação erudita, Lucas começou os estudos acadêmicos tendo como opção o saxofone. Mas, fã de Luiz Gonzaga, migrou para o acordeon. Sua formação inicial foi na Escola de Música Anthenor Navarro, que funciona na Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa.
Samba Luzia Gorda
Totonho é referência da música alternativa brasileira desde 2001, quando foi lançado pela Gravadora Trama. É um cantor e compositor natural de Monteiro (no Cariri da Paraíba), cidade conhecida como terra dos repentistas, universo que dá forma à dinâmica sensorial proposta pela estética de sua música. Já lançou quatro trabalhos autorais: ‘Totonho & Os Cabras’, ‘Sabotador de satélites’, ‘Coco ostentação’ e, recentemente, ‘Samba Luzia Gorda’, pela YB Music.
Dono de um estilo próprio de compor, que segundo ele o faz como se fosse um repente. A partir de um tema, e o som que a palavra desperta nele. Só veio gravar o primeiro CD aos 35 anos de idade, antes atuava em ONG ligadas aos Direitos Humanos no Rio de janeiro (RJ). Uma organização de prevenção e combate ao assassinato de crianças e jovens moradores de rua. Neste 2º Festival de Música da Paraíba, Totonho fará o show de encerramento na cidade de Monteiro.
Silvério Pessoa
O cantor e compositor pernambucano Silvério Pessoa, atualmente, está divulgando o ‘Cabeça feita – Silvério canta Jackson do Pandeiro’, um CD – obviamente – em homenagem ao ‘rei do ritmo’, como parte das comemorações do centenário de nascimento do paraibano de Alagoa Grande. Um disco com 22 músicas em 15 faixas gravadas em estúdio no formato ao vivo, com todos os músicos juntos.
Seu trabalho anterior foi o CD ‘No grau’, formado por canções inéditas, composições próprias e parceiros, além de participações como Maciel Melo, Fernando Aniteli (O Teatro Mágico), Crônica (SP), Flávio Guimarães (RJ), Sérgio Campelo (Sa Grama) e Júnior Areia (Mundo Livre S/A). Centenário de Jackson do Pandeiro começou a ser destacado por Silvério já no disco ‘Cabeça feita, ano passado.
No Janeiro de Grandes Espetáculos deste ano, Silvério lançou um show inédito sobre Jackson, o Sarau de Jackson do Pandeiro, com uma formação inusitada ao lado dos músicos Renato Bandeira (cordas) e Alexandre Rodrigues (sopros).