Um dos cantores de rock mais populares do Brasil, Raul Seixas teve uma trajetória de ascensão e queda que o levou à morte no dia 21 de agosto de 1989. Para lembrar as três décadas de sua ausência, o Caminhos da Reportagem faz uma homenagem ao artista neste episódio que é uma reedição do programa com duração de uma hora exibido em 2015: “Raul – esse caminho que eu mesmo escolhi”.
Do menino que amava Elvis Presley ao cantor que influenciou vários artistas, a reportagem mostra histórias de pessoas próximas a ele que ajudaram a contar quem era o Raul Seixas por trás dos palcos. No programa, o cantor Jerry Adriane, que faleceu há dois anos, lembrou de como Raul gostava de imitar o ídolo da juventude. “Era muito engraçado, porque quando tocava comigo, ele cantava imitando o Elvis”, diz o amigo.
Raul Seixas teve várias mulheres, muitos amigos, mas, no fim da vida, foram poucos os que não o abandonaram. Um desses amigos foi o cantor Marcelo Nova, que conta que o músico ficou anos sem se apresentar, estava sem dinheiro e sem os dentes quando os dois resolveram dar a volta por cima dessa situação e saíram em turnê. Mas a saúde de Raul já estava prejudicada. Marcelo Nova lembra da última vez que viu o amigo: “Ele me abraçou, de pijamas, no dia do meu aniversário. Me deu um abraço de presente.”
Cláudio Roberto, que compôs “Maluco Beleza” com Raul Seixas, conta como foi difícil ver a decadência do roqueiro. Quando soube da morte do amigo, sabia que havia perdido uma parte de sua própria história. “Meu amigo, o cara que tinha sido minha referência na vida durante muito tempo…”, diz, sem conseguir concluir, emocionado.
O programa traz ainda depoimentos da filha de Raul, Vivian Seixas, de ex-mulheres do cantor, como Kika e Tânia Menna Barreto, e de amigos próximos e parceiros musicais que montam um perfil de um dos maiores cantores do rock brasileiro.