Paraíba

Campanha quer que municípios da PB repassem verbas para ‘socorrer’ Laureano

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Após a direção do Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento de câncer na Paraíba, expor a atual situação financeira da instituição, a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) criou a campanha ‘Ajudando quem mais ajuda’, com a finalidade dos municípios realizarem convênio para transferir mensalmente para o Hospital Napoleão Laureano verbas para custear despesas com atendimento médico e hospitalar na especialidade de oncologia. A corrente do bem deve ser lançada oficialmente na quinta-feira (27).

De acordo com o presidente da Famup, George Coelho, o ato de solidariedade é por todo reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo hospital que atende paraibanos de todos os 223 municípios. “Lançamos essa campanha para que os prefeitos se engajem nessa ação de solidariedade. Por meio de uma Lei, os municípios poderão fazer esse repasse de forma mensal”, explicou George, acrescentando que alguns municípios já ajudam o hospital, formalmente,  como Bernadino Batista, Cajazeiras, Bom Jesus e Cruz do Espírito Santo.

A ideia citada por George, na verdade, está em fase de modelo de Projeto de Lei, organizado pela Famup. O objetivo é que os gestores municipais interessados, possam apresentar às Câmaras, ser apreciados pelos vereadores, e assim possa ser transformada em uma Lei Municipal. Os prefeitos poderão realizar a fiscalização do convênio, mediante a supervisão e acompanhamento das atividades da unidade hospitalar.

Segundo o primeiro texto do projeto, o Napoleão Laureano deve utilizar os recursos, provenientes do convênio, nas despesas necessárias para a manutenção do atendimento médico e hospitalar na especialidade de oncologia; permitir que as gestões municipais tenham acesso a todos os atos e fatos relacionados direta ou indiretamente quando em missão de fiscalização e auditoria; além de ter que prestar contas dos recursos recebidos sempre que solicitado, constando a relação das pessoas e endereços e/ou outros documentos que as prefeituras entenderem necessário.

A crise

Segundo o médico Antônio Carneiro Arnaud, presidente da Fundação Laureano, o hospital pessoense tem um déficit de cerca R$ 1,5 milhão por mês, o que tem provocado a falta de medicamentos e tratamentos a pacientes, provenientes de vários municípios paraibanos. Ainda de acordo com o médico, o déficit mensal está relacionado à baixa quantia transferida pelo Sistema único de Saúde (SUS). Segundo ele, no início da segunda quinzena de cada mês os recursos vindos do SUS se acabam, impedindo o hospital de proporcionar o tratamento para novos pacientes de câncer.

Atualmente, 94% dos pacientes do Laureano são atendidos pelo SUS, e 72% dos casos de câncer da Paraíba são tratados no hospital. A fila para se submeter ao procedimento de radioterapia está com cerca de 280 pacientes.

Doações ao Laureano podem ser feitas através de depósito bancário na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil, ou pelo pagamento do consumo de energia. Mais informações podem ser dadas pela Energisa, através do telefone 0800 083 0196 ou no site de doações do Laureano.

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