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Vené opta por João e avisa que não vai mais “bater esteira” para RC

11-09-2019.220629_Design-sem-nome-2 Vené opta por João e avisa que não vai mais "bater esteira" para RC

O senador Veneziano Vital do Rego (ainda PSB) voltou a reeditar hoje, ao retirar da descabelada cabeça a sua noviça máscara de “menino bom” – nada a ver com aquela com a qual atacava das formas as mais verborrágicas possíveis o Governo exitoso do então governador Ricardo Coutinho (PSB), que ainda assim em rasgo de grandeza e desprendimento político o amparou e literalmente lhe botou no Senado quando o MDB que ele exponencialmente ajudou a afundar dava-lhe um chute rotundo no traseiro -, um outro rasgo vergonhoso da sua tosca vivência política: a da traição aos que o ajudam a tentar ser gente graúda na atividade.

Através de nota assinada pela assessoria, e de modo reticente bem ao seu estilo de espichar palavras tornando-as belas para deixar sempre o eleitor em dúvidas sobre os seus reais propósitos e objetivos, Veneziano avisa que não vai mais “bater esteira” para Ricardo Coutinho e recusa a Secretaria Geral do PSB estadual perfilando-se ao lado de João Azevedo, o detentor da caneta que continuará segurando a sua esposa Ana Cláudia no primeiro escalão do Governo do Estado.

O senador diz que o fato da proposta da Executiva Nacional do PSB não ter conseguido o objetivo de recompor as relações internas do partido na Paraíba, fez com que ele optasse por declinar da indicação.

– “Desde o início dessas desarmonias internas em nosso partido, nos apresentamos com um posicionamento para recompor as relações partidárias, por entender o quão importante é para o projeto exitoso que o PSB vem desenvolvendo na Paraíba. E, indubitavelmente, sempre identificamos nos companheiros Ricardo Coutinho e João Azevedo as referências à normal e desejável condução do PSB”, anunciou em breve justificativa.

E continuou, na tentativa de soprar a mordida: “como foi extraída da reunião de ontem à noite uma impossibilidade de reacomodação, defendida por nós, agradeço a lembrança daqueles que sugeriram nosso nome como integrante da comissão, mas declino do convite, por constatar que a proposta da Executiva Nacional não conseguiu, lamentavelmente, harmonizar as relações internas”.

A nota conclui com panos mornos na ferida, como quem trapaceia no agrado aos dois senhores embora fique nítida a certeza da sua opção por quem hoje governa o Estado e pode , quem sabe agora com seu gesto, finalmente assinar as várias portarias de indicados seus a cargos na estrutura do Governo, como por exemplo a do jornalista Apolinário Pimentel para cargo de pouco mais de R$ 1 mil reais na chefia da Secom em Campina Grande que João até aqui negou-se a liberar.

A CONSPIRAÇÃO

Veneziano já conspirava contra Ricardo Coutinho há meses, praticamente desde a sua posse no Senado.

Mês passado o jornalista Hélder Moura já identificava essa obscura ação do senador, que não chegava sequer a escondê-la da mídia.

Em matéria postada dia 21 daquele mês, assim registrou Hélder:

“A grande maioria das manifestações tem sido, na verdade, favorável a João Azevedo. A mais recente, e talvez mais surpreendente, foi do senador Veneziano Vital do Rego que, em entrevista ao Correio Debate, observou: “O ex-governador chegasse e dissesse: “Amigos, companheiros, gostaria de pôr o meu nome para conduzir o PSB. Você encontraria alguma voz de resistência a isso?”, claro que não!”

E arrematou: “O ponto que me parece que terminou por melindrar foi a forma, o procedimento que se deu.” Ou seja, meu caro Paiakan, uma crítica à forma como Ricardo Coutinho comandou a dissolução do diretório e apeou Edvaldo Rosas da presidência, sem qualquer diálogo. A fórceps.

Fonte: Da Redação (A PALAVRA)

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