Rússia conclui pesquisa e planeja ter vacina contra coronavírus em agosto
Por enquanto, a fórmula da Rússia para imunização contra a COVID-19 é a primeira a ter concluído os seus testes clínicos e, caso as próximas etapas sigam conforme o esperado, algumas pessoas deverão receber a vacina pronta já em agosto.
Foi a Universidade Sechenov, na Rússia, que concluiu os ensaios clínicos, em humanos, para a nova vacina. A partir dos resultados da pesquisa com pessoas, segundo Elena Smolyarchuk, pesquisadora chefe do Centro de Pesquisa Clínica em Medicamentos da universidade, sua eficácia foi confirmada.
“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura. Os voluntários [dos ensaios clínicos] receberão alta nos dias 15 e 20 de julho”, afirmou Smolyarchuk nesta segunda-feira (13) para a agência de notícias estatal TASS. No entanto, esses participantes ainda devem permanecer sob supervisão médica, em regime ambulatorial, mesmo após a alta. A ideia é acompanhar se irão apresentar algum efeito colateral a partir do uso da vacina.
Caso tudo corra bem, a ideia é que a vacina “entre em circulação civil” entre os dias 12 e 14 de agosto, conforme explicou Alexander Gintsburg, diretor do Instituto Gamalei de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia, onde a vacina foi desenvolvida e que produziu, anteriormente, outras vacinas eficazes contra Ebola e MERS. Em setembro, será a vez das farmacêuticas privadas iniciarem a produção, em massa, da vacina russa.
Vacina no mundo
Segundo a plataforma internacional Worldometer, a Rússia contabiliza 733 mil contaminados pelo novo coronavírus, sendo que 504 mil já se recuperaram e outros 11,4 mil foram ao óbito pela infecção respiratória. No mundo, são aproximadamente 13 milhões de pessoas diagnosticadas com a COVID-19 e, desse total, 7,6 milhões se recuperaram e 573 mil morreram.
Além da promissora vacina russa, existem cerca de 160 vacinas em desenvolvimento contra o coronavírus, com pesquisadores dos EUA, Europa, China e Austrália. Entre as fórmulas, 21 candidatas estão em avaliação clínica e 139 em avaliação pré-clínica, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na última segunda-feira (6).
Com informações do TASS e Newsweek